Produtor de leite está de olho no clima no Sul do BR
Com o aumento na umidade, houve formação de barro em alguns locais de acesso aos animais, gerando preocupação pelo maior risco da ocorrência de mastites
De olho no aumento de produtividade leiteira, devido principalmente à maior participação das pastagens cultivadas de alta qualidade na dieta das matrizes, os produtores de leite estão de olho no clima. As condições ambientais proporcionaram bem-estar aos animais no que se refere às temperaturas.
Com o aumento na umidade, houve formação de barro em alguns locais de acesso aos animais, gerando preocupação pelo maior risco da ocorrência de mastites e contaminação do leite no momento da ordenha. Os preços do leite para o consumidor continuam apresentando elevação, situação que gera insatisfação devido à defasagem no valor praticado pela indústria aos produtores.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, o uso de grandes volumes de silagem ainda
é importante visando à preservação das pastagens estabelecidas em potreiros mais úmidos, assim como as áreas de trevos e cornichão, que ainda não estão em fase de pleno crescimento.
Na regional de Caxias do Sul, a implantação de trigos ou outros cereais para ensilagem
está praticamente finalizada, e as primeiras áreas, semeadas em julho, estão com bom
desenvolvimento inicial. As silagens de milho e de sorgo da safrinha estão com boa qualidade nutricional, o que tem auxiliado na dieta dos rebanhos.
Foto: Getty Images
Na regional de Frederico Westphalen, as pastagens anuais de inverno estão indo para o final do ciclo, o que reduz a qualidade da forragem, impactando na produção do leite. As pastagens perenes de verão já estão em brotação, sendo que novas áreas já estão em preparo para o plantio das mudas ainda no mês de agosto e início de setembro.
Na regional de Ijuí, a produção segue estável, tendo como base principalmente a oferta de forragem verde, representando aproximadamente 62% do alimento ingerido pelas
vacas; já as silagens representam 24%, rações 10%, e 4% fenos e outros suplementos.
Na regional de Passo Fundo, com a baixa oferta de alimentos volumosos a campo, os produtores estão realizando ajustes nas dietas dos rebanhos através do uso de alimentos conservados e concentrados, entretanto com impacto maior nos custos de produção.
Na regional de Pelotas, os produtores seguem usando bastante a silagem, além das pastagens de azevém e aveia. Em Pedras Altas, a produção de leite está em ascensão, porém os produtores seguem com problema de barro nas mangueiras, o que tem dificultado manter a qualidade do leite em relação às exigências legais.
Tendência do clima
Dias de muita atenção para ventania no Sul do Brasil, em especial o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, por causa de uma frente fria associado a um ciclone extratropical na costa da Região Sul. Já foram observados muita chuva, ventania e estragos.
Nesta quinta-feira, o ciclone se desloca para mais longe da costa e a ventania diminui bastante assim como a chuva. O grande destaque fica por conta da queda de temperatura com potencial para geada entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná. Em Palmas (PR), a previsão é de 2ºC ao amanhecer e em Cascavel (PR), 5ºC. Nestas áreas, o risco para formação de geada é baixo.
No início da semana que vem, a chuva retorna ao Rio Grande do Sul por causa da chegada de uma nova frente fria. Os maiores volumes de chuva (entre 100 e 150mm) ficam concentrados entre no norte gaúcho e Santa Catarina.
Este sistema não tem força para avançar para o Sudeste e Centro-Oeste do Brasil na semana que vem. Por isso, nestas regiões o tempo fica mais firme. Uma chuva fraca poderá ser observada entre São Paulo e Mato Grosso do Sul e nas áreas de divisa com o Paraná.
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