Projeção do La Niña para os próximos meses e impactos do Brasil
Confira como deve se comportar a anomalia da temperatura superficial do mar no Pacífico Equatorial até 2023 e o que pode mudar no clima no Brasil
O cenário atual ainda é de La Niña, embora o fenômeno tenha enfraquecido nas últimas semanas, como as previsões indicavam, com algumas áreas do Pacífico Equatorial com anomalias de temperatura próximas da média ou até pouco acima. Mas toda a faixa equatorial ainda apresenta resfriamento (La Niña), condizente com a fase negativa do ENOS (El Niño-Oscilação Sul).
Previsão indica fortalecimento do fenômeno
Há indicativos de um novo fortalecimento do fenômeno para os próximos meses, com pico no trimestre outubro/novembro/dezembro. Isto deve aumentar a influência do La Niña no clima do Brasil, sobretudo na Região Sul, onde normalmente há redução da chuva quando o La Niña está ativo. Contudo, este novo incremento do La Niña deve durar pouco, com tendência de enfraquecimento já no início do próximo verão.
Impactos possíveis no clima do Brasil
O mapa mostra esquematicamente alguns impactos comuns do fenômeno La Niña no clima do Brasil, do inverno ao verão. O fortalecimento do fenômeno tende a acentuar a diminuição da chuva sobre a Região Sul do Brasil, que é um dos efeitos básicos do La Niña no Brasil
Impactos comuns do La Niña no Brasil do inverno ao verão
Neutralidade no início de 2023
Ao longo do primeiro semestre de 2023 a tendência é de aumento gradual nas temperaturas da superfície do mar no Pacífico Equatorial, portanto deveremos passar para uma situação de neutralidade.
O viés frio ainda deve ser percebido nos primeiros meses de 2023, mas com expectativa de reversão destas anomalias, que passam a ficar positivas entre o outono e o início do inverno de 2023. Ainda não há previsão de El Niño, pelo menos até junho de 2023.
Probabilidade do ENSO do CPC/IRI (Fonte: IRI)