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Projeção do La Niña para os próximos meses e impactos do Brasil

Confira como deve se comportar a anomalia da temperatura superficial do mar no Pacífico Equatorial até 2023 e o que pode mudar no clima no Brasil

14 jul 2022 - 23h48
(atualizado em 16/7/2022 às 13h24)
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O cenário atual ainda é de La Niña, embora o fenômeno tenha enfraquecido nas últimas semanas, como as previsões indicavam, com algumas áreas do Pacífico Equatorial com anomalias de temperatura próximas da média ou até pouco acima. Mas toda a faixa equatorial ainda apresenta resfriamento (La Niña), condizente com a fase negativa do ENOS (El Niño-Oscilação Sul).

Previsão indica fortalecimento do fenômeno

Há indicativos de um novo fortalecimento do fenômeno para os próximos meses, com pico no trimestre outubro/novembro/dezembro. Isto deve aumentar a influência do La Niña no clima do Brasil, sobretudo na Região Sul, onde normalmente há redução da chuva quando o La Niña está ativo. Contudo, este novo incremento do La Niña deve durar pouco, com tendência de enfraquecimento já no início do próximo verão.

Impactos possíveis no clima do Brasil

O mapa mostra esquematicamente alguns impactos comuns do fenômeno La Niña no clima do Brasil, do inverno ao verão. O fortalecimento do fenômeno tende  a acentuar a diminuição da chuva sobre a Região Sul do Brasil, que é um dos efeitos básicos do La Niña no Brasil

Foto: Climatempo

Impactos comuns do La Niña no Brasil do inverno ao verão

Neutralidade no início de 2023

Ao longo do primeiro semestre de 2023 a tendência é de aumento gradual nas temperaturas da superfície do mar no Pacífico Equatorial, portanto deveremos passar para uma situação de neutralidade. 

O viés frio ainda deve ser percebido nos primeiros meses de 2023, mas com expectativa de reversão destas anomalias, que passam a ficar positivas entre o outono e o início do inverno de 2023. Ainda não há previsão de El Niño, pelo menos até junho de 2023.

Foto: Climatempo

Probabilidade do ENSO do CPC/IRI (Fonte: IRI)

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