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Queimadas aumentaram 200% no Rio Grande do Sul em 1 ano

A Região Sul é a que menos tem recebido chuva e que tem registrado os maiores valores de temperatura, fator que favorece o surgimento de focos de incêndio.

21 jan 2022 - 08h57
(atualizado às 16h16)
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Foto: iStock

Desde o começo deste ano o Brasil já registrou mais de 1700 focos de queimada. 

O estado de Mato Grosso lidera a lista de estados com o maior número de focos registrados desde o primeiro dia do ano, com 328 casos, até o momento.

Em quarto lugar está o Rio Grande do Sul, com 135 focos de incêndio, de acordo com os dados do satélite de referência AQUA Tarde do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Esse valor representa um aumento de 214% com relação ao mesmo período do ano passado. 

Com a presença do La Niña desde o começo da primavera, que continua a atuar agora no verão, a chuva reduziu muito sobre o centro-sul do Brasil. A Região Sul é a que menos tem recebido chuva e que tem registrado os maiores valores de temperatura, principalmente o Rio Grande do Sul. 

Foto: Climatempo

Mapa de índice de queimada no Brasil em 21/01/2022

Água do solo a níveis críticos 

O estado gaúcho não recebe chuva significativa em algumas áreas a cerca de 30 a 50 dias. O solo está seco, principalmente em áreas do centro-oeste do estado, com umidade próxima dos 10%. 

Foto: Climatempo

Mapa de água disponível no solo na Região Sul do BR em 21/01/2022

Com o solo muito seco e temperaturas elevadas, há maior indecência de queimadas. Os ventos fortes que sopram sobre o estado, também favorecem o alastramento do fogo.

O município de Alegrete tem 37% do total de queimadas do estado, são 37 focos registrados até esta sexta-feira, 21 de janeiro.   

Tendência

Não há perspectiva de melhora num cenário a curto prazo. A temperatura até cai um pouco e volta a chover no fim deste mês, o que deve diminuir os focos de queimadas,  mas, por causa do fenômeno La Niña, a tendência é de um verão com chuvas abaixo da média na Região Sul.

O Rio Grande do Sul  é o que mais sente os efeitos da falta de chuva, e isso agrava diversos setores da economia, principalmente o agronegócio. Os focos de queimada devem continuar a surgir durante o período do verão. 

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