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CNJ vai investigar Moro e magistrados da Lava Jato

A decisão foi tomada pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, após uma auditoria apontar uma série de irregularidades

22 set 2023 - 18h38
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Sergio Moro
Sergio Moro
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil / Perfil Brasil
O Conselho Nacional de Justiça ( CNJ) determinou a abertura de um processo disciplinar sobre as condutas de magistrados que atuaram na Lava Jato no Paraná, nesta sexta-feira (22). Entre os envolvidos está o ex-juiz da Operação Lava Jato e atual senador Sergio Moro (Pode-PR).

A decisão foi tomada pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, após uma auditoria do CNJ apontar uma série de irregularidades na 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná e no Tribunal Regional Federal da Quarta Região.

Também foram abertos processos disciplinares contra a juíza Gabriela Hardt, que atuou como substituta de Moro na 13ª Vara Federal em Curitiba, e os desembargadores Loraci Flores de Lima, João Pedro Gebran Neto e Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre. O tribunal é a segunda instância da Lava Jato.

O relatório indicou falta de transparência, imparcialidade e prudência dos magistrados. Diz ainda que foi encontrada uma "gestão caótica" nos valores de acordos de leniência e de delação premiada. O documento ainda afirmou que houve um suposto conluio de magistrados brasileiros em acordos no exterior para que a Petrobras pagasse valores que retornariam para a força-tarefa.

A corregedoria vai avaliar se o ex-juiz e senador Sergio Moro e a juíza Gabriela Hardt violaram os deveres de transparência e imparcialidade ao autorizar sem critérios objetivos o repasse de R$ 2 bilhões dos acordos firmados pela Lava Jato à Petrobras.

Moro também será investigado por suposto uso do cargo de juiz para fins políticos.

Defesa

Após a abertura da investigação, Moro se manifestou pelas redes sociais. "No fantástico mundo da Corregedoria do CNJ, recuperar dinheiro roubado dos bandidos e devolver à vítima (Petrobras) é crime. Só mesmo no Governo Lula", comentou.

Perfil Brasil
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