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Comediante Janelle James adora ser uma chefe má em 'Abbott Elementary'

Comediante interpreta Ava Colman na série americana que se passa em uma escola pública superlotada e carente

13 abr 2022 - 15h12
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NOVA YORK - Janelle James não queria ser atriz de TV. Durante anos, ela se contentou em construir uma carreira na comédia stand-up, conseguindo trabalhos ocasionais como escritora ou papéis menores na tela.

Mas, como qualquer bom comediante sabe, timing é tudo. Então, quando chegou a chance de estar na comédia da ABC Abbott Elementary (ainda inédita no Brasil) - seu primeiro papel regular na TV e, na maioria das vezes, o mais engraçado da série - ajudou que ela estivesse pronta para algo novo e já tivesse passado uma década nas trincheiras. É mais fácil fazer comédia na TV se você já é um comediante consolidado.

"Metade de ser um comediante é saber como fazer uma piada, como dizê-la, porque outra pessoa pode receber as mesmas falas, e pode não ser tão engraçado", ela disse em uma entrevista recente do Brooklyn. Claro, ter grandes escritores neste caso era fundamental, ela disse; seu estilo tipicamente improvisado nem sempre era adequado para uma exibição em família.

"Ainda não estou acostumada a falar nos moldes da TV aberta", acrescentou - muitos de seus melhores improvisos ainda estavam em algum lugar na sala de edição. "Talvez no próximo ano."

Criado e estrelado por Quinta Brunson (A Black Lady Sketch Show), Abbott Elementary tem sido um seriado cômico de destaque na TV esta temporada, um programa oportuno no estilo pseudodocumentário sobre um grupo de professores dedicados em uma escola pública superlotada e carente na Filadélfia. Elogiado por seu humor e pungência, a série foi um sucesso instantâneo, sua estreia em dezembro atraiu mais de 7 milhões de espectadores em todas as plataformas (incluindo a Hulu) no primeiro mês. Muitas séries de TV enfrentam destinos incertos no final da temporada. A ABC encomendou a segunda temporada de Abbott Elementary quase um mês antes de seu final, que vai ao ar na terça-feira.

A série também fez de James uma estrela de destaque. Em meio ao fechamento de escolas, greves de professores e brigas com o conselho escolar, sua personagem, Ava Coleman - a diretora da escola e o realce cômico da série - colocou um rosto bem-humorado nas frustrações de milhões. E Ava se alinhou bem com o estilo travesso e irreverente de James. Enquanto a personagem de Brunson, Janine Teagues, é altruisticamente dedicada a seus alunos, Ava é alegremente incompetente, eticamente desafiada, tem paixão pelo TikTok e pela preparação para o dia do juízo final. Novamente com aquele timing perfeito.

No que deveria ser uma entrevista em vídeo, ela manteve a câmera desligada - ela havia acabado de acordar, disse, e ainda não havia se maquiado.

"Sou uma figura pública entre aspas", ela disse. "Mas eu gostaria de manter minha privacidade para certas coisas pelo maior tempo possível."

James falou sobre ser Ava Coleman, sobre se sobreviver a um apocalipse seria realmente uma coisa boa e sobre as fontes de inspiração para sua personagem. (Eles são pessoas reais e são parentes.) Esses são trechos editados da conversa.

Você disse que não estava tentando se tornar uma atriz. O que te atraiu neste roteiro?

Foi engraçado. Eu sou uma comediante, então isso me atrai, e se eu fosse atuar, eu não queria necessariamente que meu primeiro papel fosse um papel dramático choroso. Então eu fiquei tipo, 'Ah, comédia, eu posso fazer isso.' E era hilário, o que é difícil para um roteiro.

Como você descreveria Ava?

Ava é um caos controlado. Basicamente, ela é alguém que está na moda. Ela é uma oportunista. Ela vive o momento. Isso soa como meu perfil de namoro ou algo assim. Mas ela é engraçada; ela é inconsciente; ela é dedicada a Ava.

O que você acha que ela traz para a dinâmica da série?

Ela é alguém para todos os outros personagens contracenarem. Todo mundo tem as crianças e os melhores interesses da escola no coração, e eu não. Então eu crio os problemas. Janine também cria problemas - basicamente por se importar demais. Eu crio problemas por não me importar o suficiente.

Quem te inspirou quando você estava criando essa adorável vilã?

Eu não estava necessariamente pensando em uma pessoa específica. Acho que no piloto calculei mais; quando ela convoca a reunião para basicamente repreender Janine na frente de todo mundo, é um tipo muito específico de pessoa que faz coisas assim. Eu estava pensando particularmente em um antigo chefe que eu tinha que faria o que eu chamo de positividade tóxica, porque ela está dizendo coisas que são horríveis com um sorriso no rosto. E depois disso, estou basicamente fazendo uma combinação de algumas das minhas tias e um pouco de mim, é claro. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

Estadão
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