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Comércio debate mudança na data do Black Friday no Brasil a partir de 2018

Setores do comércio sugerem alterar a data para segunda quinzena de setembro. Queda de vendas em Shoppings estão entre os motivos.

27 set 2017 - 18h54
(atualizado em 28/9/2017 às 00h29)
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A Black Friday vai a cada ano se consolidando no comércio eletrônico, como uma das datas com maior volume de busca e venda de produtos, principalmente eletrônicos e vestuários. Desde que foi trazida para o Brasil, a data da Black Friday brasileira coincide com a americana, onde foi criada. É sempre na sexta feira subsequente ao Dia de Ação de Graças, neste ano caindo no dia 24 de Novembro. Porém uma significativa parcela do setor de e-commerce discute alterar a famosa data de promoções a partir de 2018.

Mesmo ganhando força através das lojas virtuais, são as lojas físicas brasileiras as principais interessadas em alterar a data da Black Friday. A Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) já organizou algumas reuniões com diversos representantes do varejo, para chegar a um acordo.

A grande reclamação está no fato da data ter uma diferente estruturação no comércio brasileiro em comparação ao americano. Nos EUA, o Black Friday funciona como uma "queima de estoque", para que o varejo possa renovar com novidades para as vendas de Natal, uma das mais importantes do ano. Porém no Brasil foi observado que a data acaba antecipando as vendas de fim de ano, com consumidores aproveitando o 13º salário para comprar seus presentes com maior desconto durante a Black Friday.

Ou seja, como a Black Friday tem como característica os grandes descontos, um grande volume de produtos é vendido com baixa margem de lucro para o comerciante, ao passo que o Natal, data muito mais lucrativa para o comércio teve uma considerável diminuição nas vendas.

Por esse motivo, diversos varejistas propõe a antecipação do Black Friday para a segunda quinzena de setembro, mês considerável "morno" pelos comerciantes. Além da Alshop, associações como a Ablec (Associação Brasileira de Lojistas de E-commerce) também defende essa proposta. Por outro lado, a FecomercioSP se posicionou contrária à proposta, considerando a data já consolidada no calendário nacional, além do risco de que essa atitude faça o consumidor ir até sites internacionais, como Amazon e Aliexpress, que seguirão com a Black Friday no mês de novembro.

"A solução ideal seria encontrar uma data com menor volume de vendas, onde o comércio pode aproveitar sua capacidade ociosa e realizar uma grande 'queima de estoque'. Assim os consumidores podem se beneficiar de ofertas com descontos significativos, talvez até melhores do que os apresentados atualmente na Black Friday em novembro", afirma Anderson Martins da OfficeTotalShop .

O consenso é que uma alteração na data do Black Friday só faria sentido se fosse adotado por 100% do comércio brasileiro, para não criar o risco de criar várias "black fridays" no segundo semestre. Essa discussão promete ser longa porém deve trazer um resultado vantajoso tanto para o comércio quanto para os consumidores.

Website: https://www.officetotalshop.com.br/

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