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Como funciona a eleição na Venezuela?

A eleição na Venezuela utiliza uma urna eletrônica, semelhante às usadas no Brasil. No entanto, existem algumas diferenças importantes

29 jul 2024 - 11h25
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De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), liderado por um aliado do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, este obteve 51,2% dos votos na última eleição, enquanto o principal candidato da oposição, Edmundo González, ficou com 44,2%. Abaixo, explicaremos detalhadamente como funciona o sistema eleitoral na Venezuela e algumas curiosidades sobre o processo.

A eleição na Venezuela utiliza uma urna eletrônica, semelhante às usadas no Brasil. No entanto, existem algumas diferenças importantes
A eleição na Venezuela utiliza uma urna eletrônica, semelhante às usadas no Brasil. No entanto, existem algumas diferenças importantes
Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

A eleição na Venezuela utiliza uma urna eletrônica, semelhante às usadas no Brasil. No entanto, existem algumas diferenças importantes no sistema de votação venezuelano que são interessantes de serem conhecidas. Nesta reportagem, mostramos o passo a passo do processo eleitoral no país.

Como funciona a urna eletrônica na Venezuela?

O processo de votação na Venezuela tem algumas etapas exclusivas. A seguir, detalhamos o funcionamento da urna eletrônica no país:

  • O eleitor chega ao local de votação e apresenta a carteira de identidade.
  • O número do documento é digitado em uma máquina para registro.
  • Seguidamente, é feita uma autenticação biométrica do eleitor por meio da digital.
  • A urna é liberada, e o eleitor deve selecionar a foto do candidato desejado.
  • As fotos dos candidatos aparecem várias vezes na tela, indicando os partidos que os apoiam.
  • Após confirmar o voto, a urna imprime um comprovante em papel da votação.
  • O comprovante é dobrado e colocado dentro de uma outra urna.

O sistema eleitoral da Venezuela é confiável?

A confiabilidade do sistema eleitoral na Venezuela é frequentemente questionada pela comunidade internacional. A última votação no país, ocorrida em dezembro de 2023, levantou muitas dúvidas.

Na ocasião, o presidente convocou um referendo para discutir a questão de anexar parte do território da Guiana, uma região chamada Essequibo. Segundo o governo, mais de 10 milhões de eleitores apoiaram a proposta, mas testemunhas relataram que os locais de votação estavam praticamente vazios.

Segundo o governo da Venezuela, mais da metade das urnas passam por uma auditoria. Após o encerramento da votação, fiscais comparam os votos registrados eletronicamente com os comprovantes de papel depositados em urnas. Contudo, houve relatos de que em algumas votações, como a de dezembro de 2023, o conselho eleitoral não divulgou as contagens dos comprovantes de papel, aumentando as suspeitas de fraude.

Desde 2017, as eleições na Venezuela têm sido marcadas por controvérsias. Naquela eleição, a formação de uma Assembleia Constituinte foi resultado direto das eleições, um órgão chavista que usurpou o poder do Parlamento, de maioria opositora. Relatos de manipulação e fraude são comuns, abalando a confiança no sistema eleitoral venezuelano.

A situação piorou quando, após as eleições de 2017, a Smartmatic, empresa que fornecia as máquinas de votação, afirmou que o comparecimento oficial divulgado pelo governo estava errado em pelo menos 1 milhão de votos. Isso levou à adoção de novas máquinas de votação, desenvolvidas internamente, gerando ainda mais desconfiança.

Comparando com outros sistemas eleitorais

Quando comparamos o sistema eleitoral venezuelano com outros, como o brasileiro, notamos que a Venezuela implementa mais etapas para validar a identidade do eleitor, como a autenticação biométrica e a impressão de um comprovante de voto. No entanto, a transparência na divulgação dos resultados e as auditorias são pontos críticos que causam desconfiança.

Além disso, a repetição das fotos dos candidatos na urna venezuelana, refletindo o apoio de diferentes partidos, pode confundir os eleitores, diferindo significativamente do sistema brasileiro, que apresenta cada candidato uma única vez.

Perfil Brasil
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