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Como o corpo reage a ondas de calor? Saiba mais

Várias capitais brasileiras tiveram máxima acima de 35°C nesta quinta (26); hidratação é a principal forma de proteção

27 set 2024 - 08h54
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As ondas de calor têm se tornado uma preocupação crescente em várias regiões do Brasil, afetando estados desde o Rio de Janeiro até o Acre. O calor intenso não só causa desconforto como também representa sérios riscos à saúde, especialmente para pessoas em grupos mais vulneráveis. Com temperaturas subindo regularmente, é importante entender como o corpo reage a essas condições extremas e como se proteger adequadamente.

Foto: Canva / Perfil Brasil

Embora os brasileiros estejam acostumados a altas temperaturas, o calor extremo recente tem ultrapassado os limites do que é considerado seguro. A exposição prolongada a temperaturas intensas pode levar a consequências graves para a saúde, desde desidratação até falência de órgãos. Portanto, tomar medidas preventivas é crucial para garantir o bem-estar durante essas ondas de calor.

O que acontece quando o corpo é exposto a temperaturas extremas?

Quando o corpo está sujeito a estresse térmico, ele segue um processo de adaptação para manter a temperatura interna estável. Isso inclui a produção de suor e a dilatação dos vasos sanguíneos periféricos para liberar calor. No entanto, em situações de calor extremo e umidade alta, o suor pode não ser suficiente para resfriar o corpo, levando ao superaquecimento e até mesmo a insolação.

Quais são os sintomas do superaquecimento corporal?

Ao ser exposto a temperaturas elevadas, o corpo pode apresentar uma série de sintomas, desde os mais leves, como câimbras e sede intensa, até mais graves, como náuseas, vômitos e até mesmo confusão mental. A desidratação é outro risco significativo, conforme apontado pelo Dr. Alexander Daudt, coordenador do Núcleo de Medicina de Estilo de Vida do Hospital Moinhos de Vento.

Aqueles mais suscetíveis aos efeitos do calor intenso incluem idosos, crianças, pessoas com comorbidades e trabalhadores que precisam se expor ao sol. Segundo Daudt, pacientes que tomam remédios diuréticos, por exemplo, precisam de cuidados extras com hidratação devido à perda natural de líquidos.

Como se proteger do calor intenso?

Manter-se hidratado é fundamental. Além da ingestão regular de líquidos, é recomendável utilizar cremes hidratantes para a pele, soro fisiológico para as narinas e colírios para os olhos. O Dr. Lucas Albanaz enfatiza a importância de ações simples que podem fazer a diferença, como resfriar o ambiente doméstico e evitar atividades físicas durante os horários mais quentes do dia.

  • Tente manter a temperatura abaixo de 32°C durante o dia e 24°C à noite, especialmente para crianças, idosos e pessoas com problemas de saúde crônicos.
  • Use o ar noturno para resfriar sua casa, abrindo janelas e persianas durante a noite.
  • Reduza a carga de calor interna fechando janelas expostas ao sol, desligando dispositivos elétricos e pendurando cortinas.
  • Procure os lugares mais frescos da casa, especialmente à noite.
  • Se a sua casa não estiver fresca, passe algumas horas por dia em locais com ar-condicionado, como edifícios públicos.

Mantenha-se hidratado e fresco

  • Tome banhos frios e use compressas frias para aliviar o calor.
  • Vista roupas leves e largas, incluindo chapéu e óculos de sol.
  • Beba água regularmente e evite álcool e cafeína, que contribuem para desidratação.
  • Verifique familiares, amigos e vizinhos vulneráveis.
  • Certifique-se de que todos em sua família saibam o que fazer em caso de calor extremo.
  • Se tiver animais domésticos, evite passeios nos horários mais quentes.

Cuidados em caso de mal-estar

Se sentir sintomas como tontura, fraqueza, sede intensa ou dor de cabeça, procure ajuda médica imediatamente. Em casos graves, como delírio, convulsões e inconsciência, é crucial buscar assistência médica rapidamente. Mover a pessoa para um local fresco, deitá-la com as pernas elevadas e usar compressas frias são medidas imediatas que podem ajudar a reduzir os riscos.

Por que as temperaturas têm subido?

O aquecimento global é a principal razão por trás do aumento das temperaturas em todo o mundo. A emissão de gases de efeito estufa, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis e ao desmatamento, tem agravado significativamente a situação. Especialistas apontam que esse fenômeno não só contribui para o aumento das temperaturas como também acelera as mudanças climáticas e aumenta a frequência de eventos climáticos extremos.

Para combater essas mudanças, é necessário adotar duas abordagens: mitigação e adaptação. A mitigação inclui medidas de longo prazo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Já a adaptação envolve encontrar formas de lidar com os efeitos diretos dessas mudanças. Durante a Conferência das Partes de 2022, quase 200 países assinaram um compromisso de limitar o aquecimento global a 1,5°C.

No entanto, a situação ainda é crítica. Conforme explica o climatologista Carlos Nobre, as emissões em 2022 foram as mais altas registradas, o que coloca a meta do acordo de Paris em risco. Se não forem tomadas medidas imediatas e efetivas, as ondas de calor e outros fenômenos extremos continuarão a se intensificar, colocando vidas em risco e alterando de forma irreversível diversos ecossistemas ao redor do globo.

Perfil Brasil
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