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Congresso aprova PEC que amplia teto de gastos em R$ 145 bi

Proposta aumenta o teto de gastos em R$ 145 bilhões para bancar um Auxílio Brasil de R$ 600 e libera da regra fiscal R$ 23 bilhões

21 dez 2022 - 21h42
(atualizado às 23h09)
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Com alterações feitas na Câmara, texto da PEC da Transição teve de voltar ao Senado.
Com alterações feitas na Câmara, texto da PEC da Transição teve de voltar ao Senado.
Foto: Agência Senado / Estadão

O Congresso aprovou nesta quarta-feria, 20, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, principal aposta do governo eleito para bancar as promessas de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No Senado, foram 63 votos favoráveis e 11 contrários, em dois turnos. A promulgação deve ser realizada ainda nesta quarta.

A proposta já havia passado pelo Senado, mas, com as modificações feitas na Câmara na tarde desta quarta, precisou voltar para nova análise dos senadores. Os deputados haviam aprovador a proposta em segundo turno com placar de 331 voto a favor e 163 contra.

O texto aprovado na Câmara reduziu a validade da PEC para um ano, depois de Lula aceitar um acordo com líderes do Congresso para desidratar a proposta em troca de apoio. A costura incluiu ainda o rateio das verbas do orçamento secreto, derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Outra mudança foi a manuteção dentro do teto de gastos de recursos de operações de crédito internacional – que o texto aprovado no Senado excluía da regra fiscal.

A proposta aumenta o teto de gastos em R$ 145 bilhões para bancar um Auxílio Brasil de R$ 600 e libera da regra fiscal R$ 23 bilhões para investimentos já a partir deste ano, além de permitir outras exceções ao teto.

Com esse aumento, cada deputado terá uma verba extra de R$ 12 milhões para indicar no Orçamento de 2023. Cada senador, por sua vez, terá R$ 39 milhões a mais. Outra parte dos recursos do orçamento secreto, de R$ 9,85 bilhões, vai ser transferida para despesas dos ministérios do governo, que poderá negociar a destinação dos recursos com os parlamentares. De olho na mudança, o Centrão quer assumir cargos no governo para controlar os recursos.

A destinação dos recursos que ficarão sob controle dos ministérios será feita conforme os pedidos da equipe de lula e também de líderes do Congresso. “Vai voltar ao que era anteriormente, como sempre os governos conviveram e assim vai conviver daqui para frente”, disse o relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), aliado de Lula, ao avaliar a mudança. “Tentamos e fizemos o possível para adaptar o Orçamento para o novo governo e acho que tivemos um bom resultado.” (*Com informações do Estadão)

Fonte: Redação Terra
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