Coreia do Norte prende quarto cidadão americano
Professor universitário é detido por, segundo o regime de Kim Jong-un, realizar atos hostis contra o país. Outros três cidadãos dos EUA estão atualmente presos sob acusação similar. A Coreia do Norte anunciou neste domingo (07) a detenção de mais um americano. A prisão segue o mesmo padrão de outras três realizadas recentemente contra cidadãos dos Estados Unidos, acusados de atos hostis contra o regime de Kim Jong-un.
Segundo a agência oficial de notícias do regime e a imprensa sul-coreana, o detido se chamada Kim Hak-song e trabalha como professor na Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang. A instituição é a mesma para qual trabalha o também americano Kim Sang-duk, preso no mês passado na capital norte-coreana.
Os dois casos se somam aos de outros dois americanos atualmente detidos pelo regime norte-coreano: Kim Dong-chul, um sexagenário de origem sul-coreana naturalizado americano, capturado em uma região de fronteira com a China; e o estudante Otto Frederick Warmbier, que teria tentado roubar um cartaz de propaganda no hotel no qual estava hospedado como turista.
Kim Dong-chul foi preso em 2015, e Otto Frederick Warmbier, no ano seguinte. Ambos foram condenados neste ano a 10 e 15 anos de trabalhos forçados, respectivamente. Para os dois presos em 2017, ainda não há condenação.
Também o pastor protestante Lim Hyeon-Soo, de nacionalidade canadense e origem coreana, foi sentenciado a trabalhos forçados pelo resto da vida em dezembro de 2015, acusado de ter realizado atividades subversivas contra o regime.
A prisão ocorre num momento de grande tensão na península coreana, diante dos repetidos testes balísticos de Pyongyang. Existe a suspeita de que o regime norte-coreano use o americano como moeda de troca em negociação com os EUA, como fez em ocasiões anteriores.
Desde 2006, a Coreia do Norte já realizou cinco testes atômicos, dois deles só no ano passado. O regime de Pyongyang também trabalha atualmente no desenvolvimento de mísseis de longo alcance, que poderiam levar cujas ogivas nucleares até os EUA.