11% dos brasileiros estão com a 2ª dose da vacina atrasada
Índice é três vezes maior entre aqueles que foram imunizados com a CoronaVac
Mais de um em cada dez brasileiros (11%) está com a segunda dose da vacina contra a covid-19 em atraso. E o índice é três vezes maior entre aqueles que foram imunizados com a CoronaVac. Os dados foram apresentados nesta terça-feira, 28, quando foi divulgado o primeiro Boletim VigiVac, projeto da Fiocruz, com objetivo de acompanhar a efetividade das vacinas utilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Especialistas defendem a importância de completar o esquema vacinal para garantir a proteção completa contra o novo coronavírus, especialmente contra a variante Delta, mais transmissível. Estudos já mostraram que apenas uma dose dos imunizantes da Pfizer ou da AstraZeneca é insuficiente para conter essa nova cepa, mas duas injeções são eficazes.
Segundo dados da Fiocruz, a taxa de atraso da segunda dose para quem se imunizou com a AstraZeneca é de 15%, com a CoronaVac é de 32%, e da Pfizer, 1%. O boletim, contudo, ressalta que a vacinação com Pfizer é mais recente e, em comparação com as demais, existem ainda poucos casos possíveis de atraso de segunda dose.
O levantamento que considera 11% de atraso diz respeito a dados disponíveis até 15 de setembro. Para as análises, foram considerados apenas os indivíduos que tomaram a primeira dose e que ainda não tomaram a segunda. A situação de atraso vacinal diz respeito a quem não tomou o reforço após 14 dias da data prevista.
Os dados que compõem o boletim foram retirados do Painel de Atraso de Segunda Dose de Vacina, desenvolvido para acompanhar o cumprimento do esquema vacinal proposto e avaliar o plano de vacinação. Os números são atualizados semanalmente.
De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa, o País tem 88,9 milhões de brasileiros com o esquema vacinal completo com duas doses ou com o imunizante de aplicação única, correspondendo a 41,70% da população. Já o número de habitantes parcialmente imunizados, com ao menos uma dose, é de 145,5 milhões de pessoas, o que equivale a 68,22%.