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Coronavírus

35% dos brasileiros querem consumir menos em 2021, diz CNI

Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio avaliou os efeitos da pandemia e apontou ainda que 25% vão continuar poupando

15 dez 2020 - 05h10
(atualizado às 07h17)
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Com a economia ainda se recuperando dos impactos trazidos pela pandemia do novo coronavírus, um em cada três brasileiros pretende consumir menos bens e serviços em 2021. Esta é uma das conclusões da pesquisa "Retratos da Sociedade Brasileira", feita pela Confederação Nacional do Comércio (CNI) para avaliar os efeitos econômicos, entre a população, da covid-19.

Movimento na região da Rua 25 de Março, área de comércio popular na região central de São Paulo
Movimento na região da Rua 25 de Março, área de comércio popular na região central de São Paulo
Foto: FÁBIO VIEIRA/FOTORUA / Estadão Conteúdo

Os dados mostram que 35% dos entrevistados planejam consumir menos no próximo ano, na comparação com o verificado antes da pandemia. Outros 41% declararam que vão consumir da mesma forma.

Os números dão pistas a respeito dos impactos da pandemia sobre a disposição do brasileiro em consumir e sobre o que as famílias fizeram para enfrentar o período de dificuldades. Conforme a pesquisa, para um quarto dos entrevistados, o principal motivo para justificar o desejo de consumir menos em 2021 é que, durante a pandemia, os brasileiros conseguiram economizar e, agora, esperam continuar fazendo isso.

"Em suma, as alternativas que refletem mudança de hábitos da população (...) são a principal razão para a queda no consumo após a pandemia (somam 63% das respostas)", registrou a CNI na pesquisa.

 

Os números mostram um dos impactos da pandemia sobre o orçamento do brasileiro. Na prática, muitas famílias decidiram poupar mais ou gastar menos por medo de que, com a crise, a renda diminua. Nos últimos meses, o próprio Banco Central vinha citando o fenômeno, chamado de poupança "precaucional" em seus documentos técnicos.

Os dados da caderneta de poupança - aplicação mais comum entre os brasileiros - divulgados nos últimos meses ilustram este movimento. Em fevereiro e março, antes do acirramento da pandemia, a poupança registrou saques líquidos de R$ 15,9 bilhões. De março a novembro, com a renda e o emprego já impactados pela pandemia, houve depósitos líquidos de R$ 161,6 bilhões na caderneta.

"Dos que afirmaram que conseguiram guardar mais dinheiro ou gastar menos do que antes da pandemia (32% da população), para 56% o principal motivo está associado aos riscos e incertezas trazidos pela pandemia", citou a CNI na pesquisa. Conforme a entidade, entre os motivos estão o fato de os brasileiros não saberem "quando as coisas vão voltar ao normal" e o medo de perder a renda e o emprego.

Além de elevar suas reservas em 2020, 59% dos brasileiros pretendem poupar mais em 2021, conforme a CNI. "São 28% que não guardavam dinheiro antes da pandemia, mas passarão a mguardar, 16% que já poupavam e pretendem poupar muito mais e 15% que poupavam antes da pandemia e pretendem poupar um pouco mais", registrou a confederação. "Outros 9% poupavam e pretendem poupar a mesma quantia, enquanto apenas 5% poupavam e pretendem poupar menos." Uma parcela de 28% não guardava dinheiro antes e continuará assim após a pandemia, conforme a pesquisa.

Efeito duradouro

A pesquisa da CNI cita que, durante a pandemia, houve aumento na compra de produtos de limpeza e higiene pessoal, por exemplo, e redução do consumo de roupas, bolsas, acessórios e calçados, artigos esportivos, móveis e artigos de decoração.

"A população também reduziu o consumo da maioria dos serviços pesquisados, exceto o consumo (incluindo a assinatura) de serviços de música, jogos, séries e filmes", disse a CNI. "Esses efeitos sobre os hábitos de consumo - ou seja, sobre a cesta de produtos e serviços consumidos pela população - tende a ser duradouro."

Estadão
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