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Coronavírus

Abaixo do esperado, China enviará insumos para 16,6 mi doses

Inicialmente, a expectativa era o Brasil receber IFA suficiente para produzir 25 milhões de doses para vacinas contra covid-19

20 mai 2021 - 16h11
(atualizado às 16h34)
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CoronaVac em São Paulo
22/1/2021
REUTERS/Amanda Perobelli
CoronaVac em São Paulo 22/1/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, anunciou nesta quinta-feira, 20, em reunião virtual com governadores, a liberação para envio nos próximos dias ao Brasil de lotes de insumos para produção de 16,6 milhões de doses das vacinas CoronaVac e AstraZeneca contra a covid-19, o que representa uma redução em relação à estimativa divulgada anteriormente pelo Ministério da Saúde.

"Na conversa com o Fórum dos Governadores informei a liberação dos novos lotes de IFA pra produzir no total 16,6 milhões de doses da CoronaVac e Vacina AstraZeneca, que chegarão no Brasil nos próximos dias. A China, fraterna com o povo brasileiro, está comprometida em parceria de vacinas", disse ele, no Twitter.

Nos últimos dias a previsão da quantidade de insumo farmacêutico ativo (IFA) a ser remetido pela China para produção de vacinas pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi caindo.

Inicialmente, a expectativa era o Brasil receber IFA suficiente para produzir 25 milhões de doses das duas vacinas: 18 milhões da vacina AstraZeneca pela Fiocruz e outras 7 milhões da CoronaVac pelo Butantan.

Mais recentemente, esses quantitativos caíram para, respectivamente, 12 milhões e 5 milhões. Agora o embaixador falou em 16,6 milhões, sem especificar quanto seria para cada tipo de imunizante.

Um dos participantes do encontro virtual com o embaixador, o governador de São Paulo, João Doria, cujo governo é responsável pelo Butantan, pediu ajuda ao embaixador da China para evitar atrasos na liberação do IFA para a produção da CoronaVac.

O Butantan e Doria afirmam que recentes ataques do presidente Jair Bolsonaro à China têm interferido diretamente no cronograma de liberação de novos lotes de insumos pelos chineses.

O embaixador afirmou, segundo nota do governo paulista, que a China vai liberar insumos para ambas as vacinas. "A China vai continuar a fornecer insumos para o Brasil e não vamos colocar obstáculos políticos, nem tratamento diferenciado na liberação de insumos para a CoronaVac ou para a vacina AstraZeneca. Desejamos o máximo de esforço", afirmou Yang Wanming, segundo declarações divulgadas pela assessoria do governo paulista.

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