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Coronavírus

Ação de solidariedade ampara 100 famílias durante pandemia

Doação de alimentos e produtos de higiene pontuam iniciativa de grupo em bairro pobre do Rio

19 mai 2020 - 16h07
(atualizado às 18h02)
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Com a chegada da covid-19 ao Rio, a Casa do Raio Dourado de São Francisco de Assis, com sede no bairro de Colégio, zona norte do Rio, juntou forças e recursos para ajudar 100 famílias da favela Jorge Turco, naquela localidade. A pobreza e a miséria são marcantes na comunidade, que possui um dos piores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade.

A instituição de seguidores da umbanda inicialmente decidiu organizar a doação de kits de higiene pessoal e produtos de limpeza para moradores da favela, tão logo houve a notícia de que a pandemia se instalara no Rio. Eram 100 kits. Mas a ação rapidamente se ampliou para contemplá-los também com alimentos. Eles já atendiam antes 30 famílias num projeto (Andorinha) que incentiva crianças a aulas de capoeira, violão, dança, etc.

Ação emergencial atende 100 famílias da favela Jorge Turco, no Rio
Ação emergencial atende 100 famílias da favela Jorge Turco, no Rio
Foto: Divulgação

Desde meados de março, a ação emergencial tem sido semanal, com a entrega de 100 cestas. Já está em sua décima edição e conta com equipes que arrecadam quantias para convertê-las em doações e voluntários que compram as mercadorias, cuidam do transporte, da montagem e da logística de distribuição dos mantimentos.

“É bom ressaltar que esse é um trabalho laico. O olhar é para os mais necessitados. Estamos lidando com um local paupérrimo, não há como mensurar a miséria daqui. Das 100 famílias que cadastramos, nem cinco delas recebem algum benefício do governo federal, estadual ou municipal. São situações que nos comovem”, relata Carmem Figueira, coordenadora dos trabalhos de ação social do Raio Dourado.

O gesto de solidariedade abrange ainda outras iniciativas. Há doação de máscaras, o que passou a ser feito desde o final de abril, e a ênfase em orientar os assistidos sobre como é importante lavar as mãos e evitar, na medida do possível, aglomerações. “Alertamos que a rede hospitalar está sobrecarregada e que também por isso todos devem se proteger”, explica Carmem, feliz porque o grupo vai poder oferecer ovos de galinha nas próximas cestas. “Depende sempre do caixa, incluir alguma proteína é sempre muito bom.”

Jorge Turco é uma das três favelas do bairro Colégio, que, ao todo, tem em torno de 30 mil habitantes. Quem quiser ajudar na campanha em prol de seus moradores pode fazer depósito no Bradesco, agência 1629-2, conta corrente 28449-1 – CNPJ 04971749/0001-37 (Casa do Raio Dourado).

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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