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Coronavírus

Alzheimer: estudo identifica a região do cérebro em que a doença começa a se desenvolver

Descoberta sobre o cíngulo posterior pode ter 'implicações muito relevantes em termos de terapias futuras', segundo os pesquisadores da Universidade de Coimbra

24 ago 2022 - 10h28
(atualizado às 12h23)
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Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Coimbra, em Portugal, identificou a região do cérebro humano chamada de cíngulo posterior como a área em que ocorrem as primeiras alterações causadas pelo Alzheimer, o que abriria caminho para um tratamento precoce da doença.

Os pesquisadores descobriram que, no cíngulo posterior, ocorrem três sintomas típicos de fases iniciais da doença de Alzheimer: inflamação neural, acúmulo de proteínas amiloides (que são insolúveis no corpo humano) e atividade neuronal aparentemente compensatória, em que uma região do cérebro tenta agir para compensar o déficit de funcionamento apresentado por outra.

"A descoberta pode ter implicações muito relevantes em termos de terapias futuras, pois identifica claramente um alvo da alteração precoce no cérebro envolvido na perda de memória, o que pode ser estudado de forma direta e concentrada em novos ensaios terapêuticos", ressalta um comunicado da universidade.

Um dos coordenadores da equipe, Miguel Castelo-Branco, explicou que os resultados desta pesquisa - publicados na revista Communications Biology - abrem caminho para desenvolver e testar terapias para reduzir a neuroinflamação presente em quadros da doença. "A região identificada é crítica, pois serve como um eixo de ligação para os processos de memória de curto e longo prazo que sabemos que são afetados de forma crucial na doença de Alzheimer", disse ele.

A descoberta foi demonstrada por meio de um conjunto de técnicas avançadas de imagem funcional e cerebral, com a participação de pessoas em estágios muito iniciais da doença e outros indivíduos com as mesmas características sociodemográficas. A pesquisa foi desenvolvida por uma equipe multidisciplinar da Universidade de Coimbra e do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. (EFE)

Estadão
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