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Coronavírus

Avanço da Covid-19 e fim de estímulo fiscal pressionam vendas no varejo dos EUA

16 dez 2020 - 10h51
(atualizado às 14h12)
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As vendas no varejo dos Estados Unidos caíram mais do que o esperado em novembro, provavelmente prejudicadas por novas infecções por Covid-19 e redução da renda familiar, colaborando para sinais crescentes de desaceleração na recuperação da economia diante da recessão pandêmica.

Placa redireciona clientes em loja no Brooklyn, Nova York.  REUTERS/Brendan McDermid
Placa redireciona clientes em loja no Brooklyn, Nova York. REUTERS/Brendan McDermid
Foto: Reuters

A segunda queda mensal consecutiva nas vendas no varejo relatada pelo Departamento de Comércio nesta quarta-feira pode levar o Congresso dos EUA a concordar com outro pacote de estímulo fiscal. Ainda assim, economistas dizem que mais dinheiro do governo e o lançamento de vacinas contra o coronavírus provavelmente não impedirão a economia de desacelerar drasticamente ou até mesmo recuar no primeiro trimestre de 2021.

As notícias sobre o fraco início para a temporada de compras natalinas vêm na data em que as autoridades do Federal Reserve encerram dois dias de reunião de política monetária. Espera-se que o banco central dos EUA mantenha sua taxa de juros 'overnight' próxima a zero e forneça um manual do que pode levar o Fed a injetar mais dinheiro na economia.

"A economia está passando por uma fase muito difícil", disse Gus Faucher, economista-chefe da PNC Financial. "Embora a ampla distribuição de vacinas apoie um crescimento econômico mais forte até meados de 2020, as condições permanecerão frágeis até lá."

As vendas no varejo caíram 1,1% no mês passado, com as receitas caindo em quase todos os setores. Os dados de outubro foram revisados para baixo para mostrar que as vendas caíram 0,1%, em vez de subir 0,3%, conforme publicado anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas no varejo cairiam 0,3% em novembro. As vendas saltaram 4,1% em relação ao ano anterior.

A queda do mês passado foi liderada por veículos motorizados, com as receitas nas concessionárias caindo 1,7% após ficarem inalteradas em outubro. A receita das lojas de roupas despencou 6,8%. Os consumidores também reduziram o consumo de alimentos e bebidas fora de casa. As vendas em restaurantes e bares caíram 4,0%.

As vendas nas lojas de eletrônicos e eletrodomésticos caíram 3,5% e as receitas nas lojas de móveis recuaram 1,1%. Também houve quedas nas vendas em lojas de artigos esportivos, hobbies, instrumentos musicais e livrarias. Mas as receitas das lojas de alimentos e bebidas avançaram, assim como as das lojas de material de construção.

As vendas no varejo online subiram modestos 0,2%. Alguns economistas disseram que o evento "Prime Day" da Amazon.com em outubro antecipou vendas que aconteceriam em novembro. As vendas no varejo online saltaram 2,4% em outubro.

Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços alimentícios, as vendas no varejo caíram 0,5% no mês passado, após uma queda revisada para baixo de 0,1% em outubro. O chamado núcleo das vendas de varejo correspondem mais de perto ao componente de gastos do consumidor no Produto Interno Bruto. Anteriormente, estimava-se que eles haviam saltado 0,1% em outubro.

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