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Coronavírus

Bolsas de Nova York fecham em queda com foco em coronavírus e balanços

31 jan 2020 - 20h37
(atualizado em 16/3/2020 às 15h34)
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As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta sexta-feira, 31, sob temor de que a disseminação do novo tipo de coronavírus possa impactar a economia global. Notícias de que mais companhias aéreas estão restringindo voos para rotas da China reforçaram o movimento de cautela que aumentou após dados negativos sobre o sentimento do consumidor americano. Os investidores acompanharam também alguns resultados corporativos desta temporada de balanços.

O índice Dow Jones fechou em queda de 2,09%, em 28.256,03 pontos, com queda semanal de 1,51%. O Nasdaq recuou 1,59%, a 9.150,94 pontos e apresentou queda de 0,62% na comparação semanal. No cenário corporativo, a Amazon apresentou números positivos e até animou os mercados, mas não sustentou a alta momentânea no Nasdaq.

O S&P 500 recuou 1,77%, a 3.225,52 pontos e queda de 1,09% durante a semana. O setores de energia e tecnologia puxaram a queda do índice. As ações da Chevron se desvalorizaram 3,82% após divulgação de balanço negativo hoje. Merecem destaque hoje os papéis da Exxon Mobil, que caíram 4,12% e da ConocoPhillip que recuaram 2,40%. Outras ações importantes também cederam, como Apple (-4,43%), Facebook (-3,64%) e Boeing (-1,56%).

A medida em que o coronavírus de Wuhan se espalha por mais países, atingindo hoje Rússia, Reino Unido e Suécia, mais companhias aéreas passaram a restringir ou suspender voos para a China. Hoje A United Airlines e a Delta se somaram ao grupo de empresas que suspenderam suas rotas para destinos asiáticos diante do surto, e as ações do setor responderam com queda.

No cenário interno americano, o índice de atividade industrial de Chicago elaborado pelo Instituto para a Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu de 48,2 em dezembro para 42,9 em janeiro, o menor nível desde dezembro de 2015, o que só contribuiu para o mau humor do mercado. Outros dados do EUA, como índices de custo do emprego e gastos com consumo ficaram de lado.

O ING acredita que "a sólida história de crescimento, se não espetacular, dos EUA permanece consistente na mente do mercado, com um Federal Reserve em espera por um período prolongado". No entanto, há certo receio se esse crescimento "está tão forte quanto os números sugerem" para suportar o impacto do coronavírus. Além disso, "o coronavírus está criando incerteza significativa e há temores de que, se o vírus se espalhar rapidamente, poderá afetar o comportamento do consumidor e das empresas de maneira mais ampla", fazendo os mercados de ações ficarem claramente "nervosos", avalia o ING.

Estadão
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