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Coronavírus

Bolsonaro admite risco de flexibilizar abertura do comércio

"Abrir o comércio é um risco que eu corro, porque se agravar vem para o meu colo", disse Bolsonaro na cerimônia de posse de Nelson Teich.

17 abr 2020 - 12h30
(atualizado às 12h41)
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O presidente Jair Bolsonaro admitiu, nesta sexta-feira (17), ao dar posse ao novo ministro da Saúde, Nelson Teich, que no caso de um resultado ruim na condução defendida por ele do combate à epidemia de coronavírus, será responsabilizado por um eventual agravamento da situação.

"Abrir o comércio é um risco que eu corro, porque se agravar vem para o meu colo", disse Bolsonaro na cerimônia de posse de Teich.

Ainda assim, o presidente insistiu na necessidade de relaxar o isolamento social, mesmo ressalvando que não pode intervir diretamente na situação, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) deu a governadores e prefeitos o poder de tomar medidas.

Bolsonaro fez questão de elogiar por diversas vezes o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que foi exonerado na noite de ontem. O ministro deixa o cargo com uma avaliação positiva de 76% da população, de acordo com a última pesquisa Datafolha.

"Tenho certeza que ele (Mandetta) fez o que achava que devia ser feito. Eu tenho certeza que ele sai com a consciência tranquila. Por que substituir? Minha visão é diferente de um ministro que está focado em seu ministério. Minha visão é mais ampla. A visão do Mandetta, muito boa, era focada na saúde, na vida. A minha entrava a economia, o emprego, entrava o Paulo Guedes (ministro da Economia)", disse Bolsonaro.

"Eu tenho certeza que Mandetta deu o melhor de si e eu agradeço. Aqui não tem vitoriosos e derrotados", acrescentou.

Bolsonaro demitiu Mandetta do comando do Ministério da Saúde por discordar da postura do então ministro sobre o enfrentamento à pandemia.

O presidente defende que somente os integrantes do grupo de risco deveriam ficar isolados, enquanto Mandetta publicamente recomendava à população que seguisse as orientações dos governadores de ficarem em casa para evitar a disseminação da doença — que também são defendidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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