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Coronavírus

Bolsonaro ataca Maia: "intenção é me tirar do governo"

Presidente critica atuação de deputado à frente da Casa; parlamentar rebate: "com a demissão (do ministro) quer mudar o tema"

16 abr 2020 - 20h47
(atualizado às 21h35)
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Presidente Jair Bolsonaro e presidente da Câmara, Rodrigo Maia
20/02/2010
Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Divulgação via REUTERS
Presidente Jair Bolsonaro e presidente da Câmara, Rodrigo Maia 20/02/2010 Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

BRASÍLIA - Após demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o presidente Jair Bolsonaro confrontou nesta quinta-feira (16) o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que sua atuação é "péssima" e insinuou que o parlamentar trama contra o seu governo.

"O sentimento que eu tenho é que ele não quer amenizar os problemas. Ele quer atacar o governo federal, enfiar a faca. Parece que a intenção é me tirar do governo. Quero crer que esteja equivocado", disse o presidente, em entrevista à TV CNN.

"O Brasil não merece o que o senhor Rodrigo Maia está fazendo. Péssima atuação. Não estou rompendo com o Parlamento, não", afirmou Bolsonaro. "A gente sabe qual o seu diálogo. Esse tipo de diálogo você não vai ter comigo."

Maia reagiu aos ataques do presidente, também em entrevista à CNN: "O presidente ataca com um velho truque da política, com a demissão ele quer mudar o tema", afirmou Maia, que disse não ter qualquer intenção da Câmara de prejudicar o governo. "O presidente não vai ter ataques (de minha parte). Ele joga pedras e o Parlamento vai jogar flores", completou.

Bolsonaro acusou Maia de conduzir o País ao caos com medidas econômicas "escandalosas", como a ajuda emergencial aos estados e municípios. O presidente criticou ainda a votação virtual na Câmara, adotada após a pandemia do coronavírus. "Parece que a intenção é outra, que ele está conduzindo o país para o caos", disse.

Maia ainda foi acusado de querer assumir o papel da Presidência. "Lamento muito a posição do Rodrigo Maia, que resolveu assumir o papel do Executivo. Ele tem que me respeitar como chefe do Executivo", disse Bolsonaro.

Estadão
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