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Coronavírus

Bolsonaro diz que Guedes vê recuperação econômica em um ano

Presidente revelou conversa entre os dois nesta segunda-feira. Bolsonaro afirmou que todas as medidas de recuperação custarão R$ 800 bilhões

30 mar 2020 - 20h54
(atualizado às 21h05)
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Bolsonaro e Guedes participam de evento em Brasília, em dezembro do ano passado
11/12/2019
REUTERS/Adriano Machado
Bolsonaro e Guedes participam de evento em Brasília, em dezembro do ano passado 11/12/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira que confia ser possível recuperar a economia brasileira em um ano após o fim da crise do coronavírus, e disse ter ouvido do ministro da Economia, Paulo Guedes, que o pacote de medidas para mitigar os impactos econômicos da pandemia no país chegará a cerca de 800 bilhões de reais.

Em entrevista por telefone à Rede TV, Bolsonaro disse ter conversado com Guedes nesta segunda sobre a situação econômica do país diante do coronavírus.

"Conversei com ele hoje. As medidas tomadas por ele podem chegar, somando tudo, a por volta de 800 bilhões de reais", disse Bolsonaro.

"O que ele expôs pra mim hoje é essa possibilidade de recuperar em um ano a economia é possível. Quando acabar a crise, mais um ano, voltamos ao estágio que estávamos em janeiro, isso é possível sim", acrescentou.

Bolsonaro destacou ainda que, ao ter conseguido aprovar no Congresso o decreto do estado de calamidade pública, não está faltando recursos para a saúde e para o combate ao desemprego.

Mais uma vez, o presidente criticou medidas de isolamento social tomadas por governadores e prefeitos. Segundo ele, é preciso se preocupar com os 38 milhões de trabalhadores informais no país, que têm sofrido as consequências das quarentenas.

O presidente afirmou ainda que a questão do emprego preocupa, ao destacar que o povo pede a ele para voltar a trabalhar.

"Não se pode impor quarentena maior do que já está", disse Bolsonaro, ao avaliar que a ajuda mensal de 600 reais para os informais aprovada pelo Congresso ajuda, mas não é suficiente.

Bolsonaro disse ainda que "quase todo mundo" vai pegar o vírus, mas o trabalho que tem sido feito é para evitar que todo mundo pegue ao mesmo tempo. Segundo ele, a curva de contaminação da enfermidade, no entanto, não pode ser esticada a ponto de o desemprego aumentar "de forma galopante".

"Pânico é uma doença", disse Bolsonaro. Para ele, os malefícios do clima de histeria são muito maiores do que o próprio vírus.

Segundo o presidente, quem tem recursos pode ficar em casa na quarentena, mas a maioria da população não pode ficar sem trabalhar, pois precisa garantir o sustento.

Numa defesa indireta do giro que fez na véspera por cidades do Distrito Federal, Bolsonaro afirmou que, se o coronavírus fosse algo "terrivelmente mortal" para ele, não teria ido para a rua.

O presidente disse que tem problemas com governadores e com o Congresso que não são de agora, mas elogiou o Congresso por estar fazendo a sua parte neste momento de crise e citou a aprovação nesta segunda pelo Senado da proposta que prevê o auxílio de 600 reais para os informais.

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