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Coronavírus

Bolsonaro ironiza CoronaVac: 'Agora estão vendo a verdade'

Apesar da ironia, presidente afirmou que comprará as vacinas aprovadas pela Anvisa

13 jan 2021 - 11h27
(atualizado às 11h55)
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O presidente Jair Bolsonaro ironizou nesta quarta-feira a CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, após o Instituto Butantan, que lidera os testes com a vacina no Brasil, divulgar na véspera uma eficácia menor que a anunciada anteriormente para o imunizante.

Presidente Jair Bolsonaro
17/12/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Jair Bolsonaro 17/12/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Em conversa com apoiadores ao deixar o Palácio da Alvorada nesta manhã, o presidente afirmou, no entanto, que seu governo comprará todas as vacinas contra covid-19 que forem aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Essa de 50% é boa, não? O que eu apanhei por causa disso, agora estão vendo a verdade. Quatro meses apanhando por causa da vacina", disse Bolsonaro a um apoiador que o indagou sobre vacinas contra covid-19.

Na véspera, o Butantan anunciou que a CoronaVac mostrou eficácia geral de 50,38% em estudos clínicos de Fase 3 feitos no Brasil, número bem inferior aos 78% anunciados pelo instituto na semana passada, mas ligeiramente superior ao patamar de 50% apontados pela Anvisa e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como necessário para se considerar uma vacina viável.

O Butantan também confirmou o dado anunciado na semana passada de que a CoronaVac se mostrou 78% eficaz contra casos leves --que requerem algum tipo de assistência clínica-- e 100% contra quadros moderados --que precisam de internação hospitalar-- e graves --que demandam leitos de terapia intensiva.

Apesar da ironia com a CoronaVac, motivo de constantes atritos entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o presidente afirmou que o governo comprará todas as vacinas que forem aprovadas pela Anvisa.

O Butantan já firmou acordo de venda da vacina com o Ministério da Saúde e pediu autorização para uso emergencial do potencial imunizante. A Anvisa deve tomar uma decisão sobre o pedido no domingo.

"Entre mim e a vacina tem a Anvisa, eu não sou irresponsável, não estou a fim de agradar a quem quer que seja", disse. "É a vacina que passar pela Anvisa. Seja qual for. Passou por lá, já assinei um crédito de 20 bilhões para comprar", acrescentou o presidente.

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