Bolsonaro volta a defender cloroquina e diz que estava certo
O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender nesta quarta-feira o tratamento precoce da covid-19 com o uso da hidroxicloroquina - droga que não tem eficácia comprovada contra a doença - e destacou que, mesmo sem ser médico, estava certo na forma de conduzir a pandemia do novo coronavírus, na cerimônia de efetivação do general Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde nesta quinta-feira.
"Parabenizo toda a classe médica, em especial àqueles que ousaram com a cloroquina", disse Bolsonaro, que mostrou a caixa da medicação e foi aplaudido.
No discurso, recheado de críticas à cobertura da imprensa, Bolsonaro elogiou Pazuello por ter ganho a simpatia durante a interinidade não só do governo, mas de governadores e prefeitos. Exaltou que sabia da "enorme capacidade" do agora ministro efetivo de gerir e disse que acreditou no convite a ele em razão da sua vida pregressa.
Em suas falas na solenidade no Palácio do Planalto, tanto Bolsonaro quanto Pazuello não fizeram qualquer referência ao atual número de mortos e infectados por covid-19 no país - segundo dados do Ministério da Saúde na véspera, são 133.119 óbitos e 4.382.263 casos. Eles, contudo, se solidarizaram com os familiares das vítimas.