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Coronavírus

Butantan pode importar da China doses da vacina para crianças e levaria 45 dias, diz secretário

A declaração foi dada horas depois da Anvisa aprovar a distribuição da Coronavac para o público de 3 a 5 anos

13 jul 2022 - 23h08
(atualizado às 23h27)
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O secretário de saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse na noite desta quarta-feira, 13, que informações obtidas pelo governo indicam que o Instituto Butantan não descarta a possibilidade de importar as doses da Coronavac da China pela celeridade da vacinação do novo público. A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo Estadão.

A declaração do chefe da pasta ocorre horas depois da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar, por unanimidade, a aplicação da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan para combater a covid-19, em crianças de 3 a 5 anos de idade. É o primeiro imunizante aprovado no Brasil para a faixa etária.

Segundo o secretário, cabe ao Butantan, que produz a vacina no Brasil, decidir os trâmites logísticos de produção ou aquisição de doses prontas da Coronavac e não ao Estado. Mas caso o instituto siga pelo caminho de trazer os imunizantes de fora, segundo Gorinchteyn, isso poderia levar cerca de 45 dias, um tempo menor do que se a vacina fosse produzida no Brasil.

O motivo de recorrer à compra do imunizante se dá porque as doses disponíveis devem ser destinadas para atender as pessoas que não completaram o esquema vacinal com as duas doses.

"Mas, antes de tudo, o primeiro passo é o Ministério da Saúde incorporar a vacina aprovada ao Programa Nacional de Imunizações, o PNI. A forma como a vacina vai ser disponibilizada ficará à cargo do Butantan", disse o secretário. "Mas acredito que, para a celeridade do processo, o Butantan poderá importar os imunizantes. Mas isso não depende do Estado. Quem vai definir a melhor estratégia será o instituto."

"Mais de 12 mil crianças foram acometidas de forma grave pela doença, e 952 perderam a vida em razão da covid-19. Imunizar as crianças entre 3 e 5 anos é uma situação emergencial, frente ao fato de, ainda , termos a presença do vírus da covid circulando" completou Gorinchteyn.

Mais cedo, o Butantan, informou, por meio de nota, que o instituto aguarda que "o imunizante seja incorporado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, de acordo com a demanda necessária e mediante contratação".

Ao Estadão, a equipe do instituto respondeu que atenderá o Ministério da Saúde tão logo um pedido da pasta seja feito, e afirmou que o Butantan tem "total capacidade de produção para atender a quaisquer demandas", seja em relação à Coronavac ou a outras vacinas . O imunizante não terá a formulação alterada para a distribuição ao novo público.

Estadão
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