Caixa reduz juros e oferta mais R$ 33 bi em ações contra o novo coronavírus
Banco cortou as tarifas pagas no cheque especial e nas parcelas do cartão crédito; nesta semana, estatal já liberou R$ 111 bilhões em medidas de auxilo contra a crise
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou nesta quinta-feira, 26, durante live do presidente Jair Bolsonaro, novas medidas para combater os efeitos do coronavírus na economia. Além de reduzir os juros do cheque especial e das parcelas do cartão, o banco também disponibilizou mais R$ 33 bilhões em linhas de crédito, totalizando R$ 111 bilhões, conforme antecipou ontem o Estadão/Broadcast. Outros R$ 78 bilhões já haviam sido anunciados na semana passada.
Os novos recursos serão repassados para linhas como capital de giro, compra de carteiras, para Santas Casas, além do crédito agrícola. "Estamos liberando um total de R$ 60 bilhões em capital de giro, em especial para pequenas e micro empresas, R$ 40 bilhões em compra de carteiras, R$ 5 bilhões para Santas Casas e R$ 6 bilhões para a agricultura", detalhou Guimarães, que participa da live semanal do presidente Bolsonaro, com uma máscara no rosto.
Do lado da redução dos juros, ele anunciou que a taxa do cheque especial caiu de 4,9% para 2,9% ao mês para clientes que recebem salário na Caixa. Desde que assumiu o comando do banco público, no início do ano passado, Guimarães tem se debruçado no tema. O cheque especial na Caixa tinha juros de 14% ao mês e já havia sido reduzido em dois movimentos.
O executivo informou ainda que a taxa de juros do parcelamento de fatura do cartão de crédito, que é na média 7,7% ao mês, passará a ser a partir de 2,90% ao mês, uma redução de 62,3%. As condições especiais do das modalidades, conforme o banco, serão válidas por 90 dias a partir de abril. Outras linhas como capital de giro, para hospitais como a Santa Casa, crédito direto ao consumidor e penhor também tiveram redução dos juros.