Casos de coronavírus no mundo superam marca de 15 milhões
Pandemia ganha força apesar de países seguirem divididos em sua resposta à crise
O número de infecções pelo novo coronavírus no mundo superou a casa de 15 milhões nesta quarta-feira, de acordo com uma contagem da Reuters, e a pandemia ganha força apesar de países seguirem divididos em sua resposta à crise.
Nos Estados Unidos, que têm o maior número de casos no mundo, com 3,91 milhões de infecções, o presidente Donald Trump alertou: "Vai provavelmente, infelizmente, piorar antes de melhorar."
Completam a lista de cinco países com maior número de casos, atrás dos EUA, Brasil, Índia, Rússia e África do Sul. Mas a contagem da Reuters mostra que a doença está se acelerando mais rapidamente nas Américas, que respondem por mais da metade dos casos do mundo e metade das mortes causadas pela Covid-19.
Globalmente, a taxa de novas infecções não mostra sinais de desaceleração, de acordo com a contagem da Reuters, baseada em dados oficiais.
Depois que o primeiro caso do novo coronavírus foi relatado em Wuhan, na China, no início de janeiro, levou cerca de 15 semanas para se chegar à marca de 2 milhões de casos. Por outro lado, demorou apenas oito dias para se superar a marca de 15 milhões de infecções desde que chegou-se ao número de 13 milhões, alcançado em 13 de julho.
Especialistas em saúde enfatizam que os dados oficiais quase certamente subestimam os números reais de infecções e de mortes pela doença, especialmente em países com capacidade de testagem limitada.
O número oficial de casos de Covid-19, de 15.009.213, é pelo menos o triplo do de infecções graves de influenza registrados anualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ao mesmo tempo, o número de mortos pela Covid-19 no mundo, de mais de 616 mil em sete meses, está próximo da ponta mais alta das mortes anuais por influenza.