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Coronavírus

CEO da Pfizer: vacinação anual é melhor do que reforços

O executivo Albert Bourla afirma que seria mais fácil convencer as pessoas a se imunizarem apenas uma vez por ano

24 jan 2022 - 14h03
(atualizado às 14h06)
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Frascos da Vacina Pfizer-BioNTech infantil contra covid-19
Frascos da Vacina Pfizer-BioNTech infantil contra covid-19
Foto: André Ribeiro

+O presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, disse no último sábado, 22, que a vacinação anual contra a covid-19 seria preferível à aplicação de doses mais frequentes na luta contra a pandemia de coronavírus. A vacina da Pfizer/BioNTech mostrou ser eficaz contra doenças graves e morte causadas pela variante Ômicron, mas menos eficaz na prevenção da transmissão.

Com o aumento de casos, alguns países expandiram os programas de reforço da vacina contra a covid-19 ou reduziram o intervalo entre as injeções, à medida que os governos lutam para reforçar a proteção.

Em uma entrevista ao N12 News, de Israel, Bourla foi perguntado se ele vê doses de reforço sendo administradas a cada quatro ou cinco meses regularmente. "Esse não será um bom cenário. O que eu espero é que tenhamos uma vacina que você terá que fazer uma vez por ano", disse Bourla.

"Uma vez por ano é mais fácil de convencer as pessoas a tomar e é mais fácil para as pessoas lembrarem", afirmou. "Do ponto de vista da saúde pública, é a situação ideal. Estamos procurando ver se podemos criar uma vacina que cubra a Ômicron e não esqueça as outras variantes. Isso pode ser uma solução", disse.

Segundo ele, a Pfizer pode estar pronta para solicitar a aprovação de uma vacina redesenhada para combater a Ômicron e produzi-la em massa já em março. Citando três estudos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) disse na sexta, 21, que uma terceira dose de uma vacina de RNA mensageiro (mRNA) é fundamental para combater a Ômicron, fornecendo 90% de proteção contra hospitalização.

Um estudo preliminar publicado pelo Sheba Medical Center de Israel concluiu que uma quarta dose aumenta os anticorpos para níveis ainda mais altos do que a terceira, mas provavelmente não é suficiente para afastar a Ômicron.

Estadão
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