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Coronavírus

Chile, Israel, EUA e Reino Unido: saiba onde você já poderia ter tomado vacina contra covid

Dados contrastam com o ritmo lento da imunização no Brasil, onde menos de 7% da população recebeu ao menos uma dose

26 mar 2021 - 23h01
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Brasília - No fim do ano passado, enquanto o presidente Jair Bolsonaro ia para as redes sociais dizer que não iria comprar a "vacina do Doria", em referência à chinesa Coronavac, o Chile começou a vacinar sua população. Hoje, mais de 30% dos chilenos já foram vacinados. Nos Estados Unidos, a vacinação é oferecida para pessoas com 16 anos ou mais em vários Estados. Os dados contrastam com o ritmo lento que a imunização avança no Brasil, onde menos de 7% da população recebeu ao menos uma dose, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa.

O Ministério da Saúde tem evitado se comprometer com um calendário para vacinação por idade, mas, segundo declarou o ex-ministro Eduardo Pazuello, a ideia é imunizar toda a população até o fim do ano. Para isso ser possível, o novo ministro, Marcelo Queiroga, assumiu o cargo nesta semana com a promessa de vacinar 1 milhão de pessoas por dia.

No Chile, o presidente Sebastián Piñera, 71 anos, que já tomou suas duas doses, promete imunizar 80% da população de 19 milhões de pessoas até julho.

Nesta semana, começaram a ser vacinados no Chile pessoas com 59 anos ou mais, profissionais de saúde de qualquer idade e determinados grupos de trabalhadores. Profissionais com 45 anos ou mais que atuam no transporte público, por exemplo, já podem se vacinar.

Os dados do projeto Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford, no Reino Unido, apontam que o Chile é o terceiro País que mais aplicou vacinas em todo o mundo, numa média de 44 doses para cada 100 habitantes. O País latino só fica atrás dos Emirados Árabes (74 doses a cada 100 habitantes) e Israel (112 doses). Para se ter uma ideia, no Brasil esse número é de seis doses.

No Reino Unido, onde 41% da população de 67 milhões de pessoas já recebeu ao menos uma dose da vacina, teve início na semana passada o processo de imunização de pessoas com 50 anos ou mais. A partir da segunda quinzena de abril, segundo projeção do serviço público de saúde do Reino Unido, terá início a vacinação de pessoas com idade entre 40 e 49 anos.

Israel, país constantemente exaltado por Bolsonaro como exemplo, também está entre aqueles que não desperdiçaram tempo com guerra política em torno da vacinação e defesa de tratamentos precoces sem nenhuma eficácia. Até o momento, metade de sua população de 9 milhões de habitantes já recebeu as duas doses da vacina. Em fevereiro, o país começou a vacinar estudantes com idade entre 16 e 18 anos, para que pudessem fazer provas e vestibulares sem riscos. A meta é concluir 100% da população israelense até o fim deste mês.

Pessoas com 16 anos ou mais também já são vacinadas nos Emirados Árabes, que passaram a imunizar, ainda, estrangeiros de 40 anos ou mais que residem na região.

Nos Estados Unidos, mais de três milhões de doses das vacinas são dadas por dia, segundo informações oficiais do governo americano. Os dados apontam que 25% da população de 328 milhões de americanos já recebeu pelo menos uma dose.

Na semana passada, o presidente Joe Biden disse que o país está mais de um mês adiantado em sua meta de chegar a 100 milhões de pessoas vacinadas com ao menos uma dose, nos seus primeiros 100 dias no cargo. Mantido o ritmo atual, os Estados Unidos devem vacinar quase toda a população que pode receber a vacina (260 milhões de pessoas), com ao menos uma dose, até o fim de junho.

Em muitos Estados americanos, a vacinação já é oferecida para pessoas com 16 anos ou mais. Diversas categorias de profissionais, como aqueles que atuam em comércio, por exemplo, também já estão aptos a se vacinarem, independentemente da idade. Outra medida que os americanos tomaram foi liberar a vacinação de pessoas que passam nos pontos de imunização no fim do dia e que podem se beneficiar de vacinas que sobrem em frascos, uma vez que os imunizantes têm prazo de validade e não podem "sobrar", depois de os frascos serem abertos. Isso também ocorre no Brasil, mas apenas para quem faz parte dos grupos prioritários.

Pelo menos 30 dos 50 Estados americanos já anunciaram que vão abrir a vacinação para qualquer americano com mais de 16 anos entre este mês e abril, o que antecipa a meta proposta por Biden, de estender a vacinação a todos a partir de maio.

O critério da idade não é o único usado pelos países, que têm priorizado diversas profissões em grupos prioritários, independentemente da idade de cada profissional. Dessa forma, é grande o número de pessoas que já foram imunizadas dentro desses grupos.

O Brasil, que ainda não tem previsão sobre quando vai vacinar pessoas com 50 anos ou mais, corre atrás de contratos com laboratórios para cumprir a promessa de vacinar toda a população até o fim deste ano.

O balanço atualizado até esta quinta-feira, 25, aponta que 14.074.577 de pessoas receberam a primeira dose de vacina contra a covid-19. O número representa 6,65% da população brasileira. A segunda dose foi aplicada em 4.515.635 pessoas (2,13% da população do País) em todos os Estados e no Distrito Federal, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, formado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha de S.Paulo e UOL.

Nesta semana, o Uruguai ultrapassou o Brasil no ranking de vacinação contra a covid-19 proporcional à população, segundo os dados do Our World in Data. O Uruguai registra 13,04 doses a cada 100 habitantes, ante 7,79 do Brasil.

Estadão
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