Cidade do Rio de Janeiro tem 98% dos leitos de UTI ocupados
A rede de saúde pública do Rio de Janeiro atingiu o limite de capacidade nesta segunda-feira.
A rede de saúde pública do Rio de Janeiro atingiu o limite de capacidade nesta segunda-feira, com quase todos os leitos de UTI do município ocupados, informou a prefeitura da capital fluminense.
De acordo com os dados municipais, a taxa de ocupação dos leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade atingiu 98%. Os leitos de enfermaria tinham ocupação de 92%.
Além da lotação máxima, no momento em que a cidade ainda caminha para o esperado pico de casos de Covid-19, há 271 pessoas na fila de espera aguardando um leito na rede municipal.
Na rede estadual, a fila tem 326 pacientes com coronavírus ou com suspeita da doença esperando uma vaga em uma UTI. No momento, só há vagas de enfermaria e UTI em um hospital de Volta Redonda, a cerca de 150 quilômetros da capital.
"Com exceção do Hospital Regional Zilda Arns --cujas taxas de ocupação são de 78% na enfermaria e 77% na UTI--, a secretaria esclarece que todos os outros leitos destinados para a Covid estão ocupados e que há rotativa de vagas ocasionadas por altas, óbitos, além de reservas técnicas de leitos para pacientes já internados que possam agravar o quadro clínico, necessitando de UTIs", disse a Secretaria Estadual de Saúde em comunicado.
A rede do Estado tem atualmente uma taxa de ocupação de 83% para leitos de UTI e de 71% para leitos de enfermaria. Há duas semanas, as taxas eram de 63% e 41%, respectivamente
O coronavírus já matou 677 pessoas no Estado e há 7.944 casos confirmados da doença. As autoridades de saúde ainda apuram 276 mortes suspeitas. Por outro lado, 3.650 pessoas se recuperaram da doença no Estado.
A capital concentra 5.261 casos de coronavírus, e 405 mortes.
No fim de semana, foi inaugurado o primeiro hospital de campanha do Estado, mas apenas 30 dos 200 leitos da unidade estão disponíveis por ora. Outros 10 hospitais de campanha --7 do Estado, 2 da Prefeitura e 1 do governo federal-- estão previstos para ficarem prontos ao longo do mês de maio.
Mais de 20 profissionais de saúde do Rio, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, já morreram com Covid-19, segundo os sindicatos das categorias.