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Coronavírus

Cientista diz que reforço de vacina não é crucial para todos

Idosos e pessoas com o sistema imunológico debilitado podem exigir 3ª dose, mas padrão de duas aplicações já oferece proteção a longo prazo

10 set 2021 - 15h23
(atualizado às 15h30)
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Frascos da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca
REUTERS/Dado Ruvic/Ilustrativa/Arquivo
Frascos da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca REUTERS/Dado Ruvic/Ilustrativa/Arquivo
Foto: Reuters

Os reforços (terceira dose) para estender a proteção das vacinas contra a covid-19 podem ser desnecessários para muitas pessoas. Foi o que disse nesta sexta-feira, 10, uma das principais cientistas participantes do desenvolvimento de vacina da AstraZeneca.

A professora da Universidade de Oxford, Sarah Gilbert, declarou ao jornal The Telegraph que a imunidade da vacina continua alta, inclusive contra a variante Delta.

Ainda que as pessoas de idade avançada e aquelas com sistema imune debilitado exijam reforços (terceira dose), o padrão de duas aplicações oferece uma proteção a longo prazo para a maioria das pessoas, segundo a especialista.

"Vamos rever cada situação. Aqueles com sistema imunológico comprometido e idosos receberão doses de reforço", afirmou. "Mas não creio que necessite de reforço para todos. A imunidade é prolongada na maioria das pessoas."

Gilbert fez as declarações em um momento em que a Comissão Conjunta de Vacinação e Imunização, que é um painel de especialistas que assessora o governo britânico, deve emitir uma recomendação nos próximos dias sobre o alcance de qualquer campanha de reforço de vacinação. O médico regulador da Grã-Bretanha disse nesta quinta-feira que as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca eram seguras para reforços.

O secretário de Saúde britânico, Sajid Javid, disse que vai antecipar a campanha de doses de reforço e iniciar ao final deste mês.

Gilbert afirmou que a prioridade global deve ser a de levar mais vacinas aos países com uma oferta limitada. "Precisamos levar as vacinas aos países que, até o momento, têm poucas pessoas imunizadas", comentou. "Temos de fazer um trabalho melhor neste aspecto. A primeira dose tem um impacto maior."

Estadão
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