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Coronavírus

Como faço para receber o auxílio emergencial de R$ 600?

Projeto aprovado na Câmara e no Senado precisa ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro para começar a valer

27 mar 2020 - 12h02
(atualizado em 31/3/2020 às 07h41)
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BRASÍLIA - Até o momento, os trabalhadores informais, autônomos, intermitentes e microempreendedores individuais (MEIs) não podem fazer nada para receber o auxílio emergencial de R$ 600 aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal em razão da pandemia do novo coronavírus.

O texto ainda precisa da sanção do presidente Jair Bolsonaro. Um decreto também precisa ser editado para regulamentar como será toda a operação do pagamento.

Fotos da Ladeira Porto Geral, centro de São Paulo, em um dia de movimento normal (16/3/2020) e com decretação de fechamento de comércio (24/3/2020) REUTERS/Amanda Perobelli
Fotos da Ladeira Porto Geral, centro de São Paulo, em um dia de movimento normal (16/3/2020) e com decretação de fechamento de comércio (24/3/2020) REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

A proposta do governo era de dar R$ 200 para os trabalhadores informais, mas o Congresso elevou o valor para R$ 600. A mulher que for mãe e chefe de família poderá receber R$ 1,2 mil.

O governo vai pagar o benefício para todo mundo?

É preciso seguir algumas regras:

  • Ser maior de 18 anos;
  • Não ter emprego formal ativo (ou seja, trabalhar com carteira de trabalho assinada);
  • Não receber nenhum outro benefício previdenciário ou assistencial (aposentadoria ou pensão, por exemplo), nem ser beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal.
  • A exceção é o Bolsa Família. Quem está no programa pode receber o auxílio emergencial também, limitado a duas pessoas na família.
  • A renda mensal por pessoa tem de ser de até meio salário mínimos (R$ 522,50) ou a renda familiar mensal total não pode ser superior a três salários mínimos (R$ 3.135).
  • A renda total do ano de 2018 não pode ser superior a R$ 28.559,70.

Além dessas regras, também é preciso:

  • Exercer atividade na condição de Microempreendedor Individual (MEI) ou ser contribuinte individual do Regime Geral de Previdência Social do INSS.
  • Ser trabalhador informal, de qualquer natureza, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal até 20 de março de 2020.
  • Ser trabalhador informal e preencher a autodeclaração que será disponibilizada pelo governo.

Por quanto tempo o governo vai pagar o benefício?

Os valores serão pagos durante três meses, podendo ser prorrogados enquanto durar a calamidade pública devido à pandemia de covid-19.

Recebo o Bolsa Família. Posso receber os dois benefícios?

Para quem recebe o Bolsa Família, o texto permite que o beneficiário substitua temporariamente o programa pelo auxílio emergencial, se o último for mais vantajoso.

Estou na fila do INSS para receber o BPC. Tenho direito a algum benefício?

O projeto também prevê a antecipação do pagamento do auxílio de R$ 600 para quem ainda está na fila do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Se houver a concessão definitiva, o beneficiário receberá a diferença entre o valor já recebido e o do benefício cheio (R$ 1.045) com correção. Se a perícia negar o pedido, não há necessidade de devolver nenhum valor.

Estou na fila do INSS para fazer perícia para receber auxílio-doença. Vou ter direito a algo?

O projeto prevê a antecipação de um salário mínimo (R$ 1.045) para quem está na fila do INSS para receber o auxílio-doença até que seja feita perícia. O pagamento está condicionado à apresentação de atestado médico.

Estadão
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