Coreia do Sul acelerará vacinação após detectar variante
País prorrogará uma proibição a voos diretos do Reino Unido por uma semana
Autoridades da Coreia do Sul estão prometendo acelerar os esforços para lançar um programa de vacinação pública contra o coronavírus, já que nesta segunda-feira o país anunciou ter detectado seus primeiros casos da variante do vírus ligada ao aumento rápido de infecções no Reino Unido.
A nova variante, que se acredita ser mais transmissível do que outras que circulam atualmente, foi encontrada em três pessoas que entraram na Coreia do Sul saídas de Londres no dia 22 de dezembro, disse o Centro de Prevenção e Controle de Doenças da Coreia (KDCA) nesta segunda-feira.
A Coreia do Sul prorrogará uma proibição a voos diretos do Reino Unido por uma semana, ou até 7 de janeiro, e exigirá que qualquer passageiro vindo deste país ou da África do Sul seja examinado antes de partir, anunciaram autoridades nesta segunda-feira.
O KDCA relatou um total de 808 casos novos até a meia-noite de domingo, a menor cifra desde que um recorde de 1.241 infecções foi registrado na sexta-feira.
Autoridades alertaram que a redução pode se dever a uma diminuição de exames no feriado e no final de semana do Natal, e disseram no domingo que manterão as medidas de distanciamento social até o início de janeiro.
O governo sul-coreano vem enfrentando críticas internas crescentes aos seus planos de aquisição e distribuição de vacinas contra Covid-19, que preveem as primeiras vacinações no primeiro trimestre do ano que vem - meses depois de locais como os Estados Unidos e a União Europeia.
Enquanto isso, a primeira remessa de vacinas da Moderna foi distribuída a três instalações militares de tratamento em bases norte-americanas na Coreia do Sul, disseram as Forças dos EUA na Coreia no Twitter. Elas acrescentaram que a Coreia do Sul é uma de quatro localidades estrangeiras no plano inicial de distribuição gradual do Departamento de Defesa.
A reação negativa aos planos da vacina foi uma das principais razões para o índice de desaprovação do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, atingir a alta inédita de quase 60%, comunicou o instituto de pesquisa Realmeter nesta segunda-feira.
As agências reguladoras encurtarão o período exigido para se aprovar vacinas e tratamentos de uma média de 180 dias para até 40 dias, anunciou o Ministério de Segurança Alimentar e Farmacológica no domingo.