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Coronavírus

Coronavac no Brasil não atingiu 90% de eficácia, diz SP

Jean Gorinchteyn disse que patamar abaixo dos 90% já era esperado, mas dado ainda não foi divulgado.

24 dez 2020 - 20h46
(atualizado às 20h55)
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O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse na noite desta quinta-feira, 24, que a eficácia da Coronavac não chegou a 90%. A declaração foi dada em entrevista à Rádio CBN. Ele reforçou, assim como divulgado nesta quarta-feira, 23, que o imunizante atingiu o patamar mínimo exigido de 50%, mas o porcentual exato ainda não foi revelado.

"Não atingiu 90%. Nós não sabemos o quanto acima de 50% ficou, se foi 60%, 70% ou 80%. Mas eles estão em níveis que nos permitem fazer redução de impacto de doença na nossa população, diminuindo o número de pessoas com doença grave e que infelizmente vêm a morrer", declarou.

Governador João Doria segura caixa da CoronaVac
21/07/2020
REUTERS/Amanda Perobelli
Governador João Doria segura caixa da CoronaVac 21/07/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O secretário disse que o patamar abaixo dos 90% já era esperado em razão do método utilizado para a fabricação da vacina, que usa o vírus inativado para provocar a defesa do corpo humano. "Sabíamos que a efetividade jamais atingiria 90%, mas o que nós não imaginávamos era que a empresa queria e objetivava um resultado muito próximo em todos os países e não somente em um ou outro país", explicou.

A divulgação do porcentual de efetividade estava marcado para ocorrer nesta quarta-feira, 23, mas o governo adiou o anúncio pela quarta vez. A gestão do governador João Doria (PSDB) justificou o novo adiamento, dizendo que a Sinovac solicitou os números para fazer novas análises, com um prazo de 15 dias. Nesta quinta-feira, a Turquia disse que os testes com a Coronavac no país mostraram eficácia de 91%.

Para Gorinchteyn, o fato de a vacina ter atingido o porcentual acima do mínimo já tem a sua importância no combate à pandemia. "Obtermos a eficácia foi extremamente importante principalmente num momento como esse em que temos recrudescência da pandemia em nosso país, no nosso Estado, com incremento das ocupações de leito e mortes", disse, pontuando que mesmo nos grupos para os quais a eficácia não seja completa, ela poderá representar um abrandamento da doença, com reflexos em menos internações e óbitos.

Estadão
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