Covid-19: Áustria anuncia lockdown para não vacinados
A Áustria tem a menor porcentagem de pessoas imunizadas na Europa Ocidental, com a exceção do Liechtenstein
O governo da Áustria anunciou nesta sexta-feira (12) que as pessoas que não tomaram a vacina contra a covid-19 terão que ficar em "lockdown".
A medida será formalmente confirmada no próximo domingo (14), quando os governadores se reunirão por videoconferência, assim como a comissão parlamentar em Viena. No entanto, não está claro em qual data entrará em vigor.
"O lockdown para os 'não vacinados' significa que não se pode sair de casa a menos que se vá trabalhar, fazer compras (para o essencial), 'dar um passeio' - exatamente pelo que todos nós tivemos que sofrer em 2020", explicou o chanceler Alexander Schallenberg.
Durante coletiva de imprensa, Schallenberg revelou que serão feitas "revistas aleatórias" na população para garantir que as restrições estão sendo seguidas corretamente.
"Não vivemos em estado policial, não podemos e queremos verificar todas as esquinas", disse ele, ressaltando que a medida é uma forma de incentivar a vacinação contra o novo coronavírus.
O lockdown já foi formalmente aprovado no estado Alto Áustria e em Salzburgo a partir de segunda-feira (15). A Áustria tem a menor porcentagem de pessoas imunizadas na Europa Ocidental, com a exceção do Liechtenstein.
De acordo com o epidemiologista Gerald Gartlehner, um bloqueio para os não vacinados não será suficiente para quebrar a curva de contágio exponencial. No Alto Áustria, a incidência semanal é de 1.195 e em Salzburgo, até 1.236.
"Precisamos de pelo menos uma proibição de eventos por quatro semanas", comentou o especialista.
Logo após o anúncio, um porta-voz da União Europeia (UE) afirmou que as decisões sobre as restrições de covid "pertencem aos Estados-membros". "A Comissão colabora com os Estados-Membros no acompanhamento da evolução epidemiológica e troca de informações sobre as medidas adequadas e continua a oferecer apoio se necessário, em caso de agravamento da situação epidemiológica, por exemplo, através do mecanismo de proteção civil da UE", concluiu.