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Coronavírus

Covid-19: em meio a dúvida sobre Pazuello, Brasil ultrapassa EUA e lidera casos e mortes nos últimos 7 dias

Segundo OMS, foram 494.153 novos casos da doença causada pelo novo coronavírus e 12.335 mortes no período no Brasil, contra 461.190 e 9.381, respectivamente, nos Estados Unidos.

15 mar 2021 - 11h01
(atualizado às 11h07)
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Foram 494.153 novos casos da doença causada pelo novo coronavírus e 12.335 mortes no período no Brasil, contra 461.190 e 9.381, respectivamente, nos Estados Unidos.
Foram 494.153 novos casos da doença causada pelo novo coronavírus e 12.335 mortes no período no Brasil, contra 461.190 e 9.381, respectivamente, nos Estados Unidos.
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Em meio à possibilidade sobre mais uma troca de comando no Ministério da Saúde — se concretizada, a terceira desde o início da pandemia de covid-19 — dados divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que o Brasil quebrou um novo recorde: o país liderou o número de casos e mortes no mundo nos últimos sete dias, ultrapassando os Estados Unidos.

Foram 494.153 novos casos da doença causada pelo novo coronavírus e 12.335 mortes no período no Brasil, contra 461.190 e 9.381, respectivamente, nos Estados Unidos.

Nas últimas 24 horas, o Brasil também superou os EUA tanto em número de casos quanto em mortes.

Foram 85.663 casos e 2.216 mortes no Brasil contra 62.840 e 1.388 nos EUA, respectivamente.

De acordo com a OMS, o Brasil é o segundo país em número total de casos confirmados e mortes, atrás apenas dos EUA.

Desde o início da pandemia de covid-19, foram 11.363.380 casos de infecção e 275.105 mortes, contra 29.063.401 e 528.456 nos EUA, respectivamente.

A Índia tem o terceiro maior número de casos confirmados no mundo (11.359.048). Já o México ocupa a terceira posição em número de mortes (193.851).

Especialistas consideram que o Brasil passa pelo pior momento da pandemia. Nos últimos dias, o país vem registrando seguidos recordes de mortes diárias.

Na semana passada, por exemplo, o Brasil teve mais mortes em um período de 24h do que todo o continente asiático, cuja população é mais de 20 vezes superior à brasileira.

Nos EUA, por outro lado, a pandemia dá sinais de arrefecimento. O país tem o maior número de doses administradas de vacinas contra covid-19 no mundo: mais de 107 milhões. O presidente americano, Joe Biden, prometeu imunizar toda a população até julho.

Troca de comando

Já em Brasília crescem os rumores sobre a saída do general Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde. Sua demissão — alegando motivos de saúde — chegou a ser noticiada pela imprensa neste domingo (14/3), mas Pazuello negou.

"Eu não estou doente, continuo como ministro da Saúde até que o presidente da República peça o cargo. A minha missão é salvar vidas", disse ele por meio da assessoria do Ministério.

Se confirmada, será a terceira troca na pasta desde o início da pandemia.

O Brasil iniciou a pandemia tendo o médico Luiz Henrique Mandetta como titular do Ministério da Saúde. Ele estava no cargo desde o início do mandato do presidente Jair Bolsonaro e foi demitido em abril de 2020 por divergências quanto à estratégia de combate ao vírus.

Mandetta foi substituído pelo médico Nelson Teich, que comandou o ministério por menos de um mês, até renunciar em 15 de maio de 2020.

Bolsonaro decidiu, então, nomear como interino o general Eduardo Pazuello, sem experiência na área da saúde, mas que era na ocasião secretário-executivo da pasta. Em setembro, ele foi confirmado oficialmente no posto.

Agora, o Brasil caminha para ter um quarto ministro da Saúde.

O nome da cardiologista Ludhmila Hajjar chegou a ser aventado e ela se reuniu por três horas com Bolsonaro no domingo. Mas ela deve recusar o convite, segundo noticiou a imprensa brasileira. Ela e Bolsonaro devem se encontrar nesta segunda-feira (15/3) novamente.

Hajjar, que atendeu o próprio Pazuello quando ele foi infectado pelo novo coronavírus, tem apoio de diversos parlamentares, entre eles, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

A médica tem sido uma defensora da necessidade de vacinação urgente, participou de estudos que desmentiram a eficácia de drogas para o tratamento precoce da covid-19, como a cloroquina, e apoia o isolamento social.

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