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Coronavírus

Covid-19 gera uma onda de medidas opostas pelo Brasil

Vários locais estão mais flexíveis, como é o caso do Rio e São Paulo; outros, como Porto Alegre, endureceram restrições ao comércio

16 jun 2020 - 15h33
(atualizado às 15h36)
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O Brasil da pandemia da covid-19 chegou a um ponto em que se pode ver de tudo –  numa verdadeira roda viva que reflete sua dimensão continental. Enquanto algumas cidades adotaram esta semana medidas de flexibilização do isolamento social, com aberturas de centros comerciais, outras passaram a impor restrições mais severas.

Foi assim por exemplo nas capitais Rio e São Paulo, com mais liberdade para o funcionamento do comércio, em contraponto ao que se deu em Porto Alegre, com a manutenção da proibição do acesso a shoppings em razão do aumento do número de infectados nos últimos dias na capital gaúcha.

SP convive com mais gente circulando pela cidade nos últimos dias
SP convive com mais gente circulando pela cidade nos últimos dias
Foto: PATRICIA BORGES/AM PRESS & IMAGES / Estadão Conteúdo

Houve ainda abertura e fechamento de hospitais de campanha ao mesmo tempo. Sim, enquanto a prefeitura de Manaus anunciava nessa segunda (15) o encerramento das atividades de sua unidade de saúde criada especialmente para o tratamento de acometidos pela doença, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, participava de inauguração de hospital de campanha em Rio Branco – com capacidade para 100 leitos de enfermaria.

Ainda na capital do Acre, o ministro esteve no evento que celebrou a instalação de 20 leitos de UTI para tratamento exclusivo de infectados pelo novo coronavírus, num setor do INTO (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia).

No Rio Grande do Norte, com 99% dos leitos de UTI ocupados, o governo adiou para 24 de junho a retomada gradual das atividades econômicas. Isso, se até lá, os números da covid-19 estiverem sob controle. Já na paradisíaca Fernando de Noronha, perto daquele Estado, sem nenhum caso atualmente de contaminado, as autoridades locais autorizaram a abertura do comércio, mas as lojas permaneceram fechadas por falta de pessoal e de clientes – a ilha está vetada para o turismo.

Essa gangorra de situações pelo País também pode ser vista em Mato Grosso, cuja capital Cuiabá registra uma das menores taxas de infectados pelo coronavírus e a vida na cidade é bem próxima do normal. Não é assim, entretanto, em Rondonópolis, a 219 quilômetros dali, onde não há mais leitos vagos de UTI para vítimas da covid-19.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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