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Coronavírus

Covid-19: OMS espera milhões de doses de vacina neste ano

Entidade está elaborando planos para ajudar a decidir quem deveria receber as primeiras doses

18 jun 2020 - 09h40
(atualizado às 11h02)
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que centenas de milhões de doses de uma vacina contra a covid-19 possam ser produzidas neste ano e dois bilhões de doses até o final de 2021, disse a cientista-chefe Soumya Swaminathan nesta quinta-feira.

Imperial College London desenvolve potencial vacina contra Covid-19
10/06/2020
Imperial College London/Thomas Angus/via REUTERS
Imperial College London desenvolve potencial vacina contra Covid-19 10/06/2020 Imperial College London/Thomas Angus/via REUTERS
Foto: Reuters

A OMS está elaborando planos para ajudar a decidir quem deveria receber as primeiras doses uma vez que uma vacina seja aprovada, afirmou a cientista.

A prioridade seria dada a profissionais da linha de frente, como médicos, pessoas vulneráveis por causa da idade ou outra doença e a quem trabalha ou mora em locais de alta transmissão, como prisões e casas de repouso.

"Estou esperançosa, estou otimista. Mas o desenvolvimento de vacinas é uma empreitada complexa, ele envolve muita incerteza", disse ela. "O bom é que temos muitas vacinas e plataformas, então, se a primeira fracassar ou se a segunda fracassar, não deveríamos perder a esperança, não deveríamos desistir."

Cerca de 10 vacinas em potencial estão sendo testadas em humanos na esperança de que uma possa se tornar disponível nos próximos meses para prevenir a infecção. Países já começaram a fazer acordo com empresas farmacêuticas para encomendar doses antes mesmo de se provar que alguma vacina funciona.

Swaminathan descreveu o desejo por milhões de doses de uma vacina ainda neste ano como otimista, acrescentando que a esperança de até dois bilhões de doses de até três vacinas diferentes no ano que vem é um "grande se".

A cientista afirmou que os dados de análise genética coletados até agora mostraram que o novo coronavírus ainda não passou por nenhuma mutação que alteraria a gravidade da doença que causa.

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