Covid-19: sequelas podem aumentar queda de cabelo em mulheres, dizem estudos
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a calvície feminina atinge cerca de 5% das mulheres brasileiras; para Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisa em Medicina Capilar, a queda capilar atinge pelo menos um terço dos indivíduos que receberam o diagnóstico de Covid-19
Frequentemente relacionada aos homens, a queda de cabelo é um problema que, mesmo em menor escala, também atinge o público feminino. De acordo com a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), cerca de 5% das mulheres brasileiras são acometidas pela alopecia androgenética, a popular calvície. Em um recorte mais específico, ainda de acordo com a SBD, a queda de cabelo pode atingir cerca de 30% das mulheres com mais de 50 anos.
A maior incidência de alopecia em mulheres mais velhas está relacionada à mudança do perfil hormonal ocorrida no corpo feminino em decorrência da chegada da menopausa, que gera o afinamento e a redução dos fios. De acordo com um artigo publicado em 2017 pelo Journal of the American Academy of Dermatology - que apontou resultados de uma pesquisa feita com um grupo de mulheres que apresentavam queda de cabelo -, foi verificado que, entre 564 mulheres, 13% apresentaram algum problema relacionado à queda de cabelo antes da menopausa, ao passo que 37% já haviam passado pelo período.
As investigações quanto às causas da calvície são constantes e acompanham diferentes aspectos que impactam na saúde da humanidade. Recentemente, um novo acontecimento despertou a atenção dos cientistas e estudiosos do tema: o advento da pandemia de Covid-19 que, avaliam os especialistas, pode ter impactado em uma maior incidência da perda de fios capilares, especialmente em mulheres.
Um estudo levado a cabo por pesquisadores da Wayne State University e do Hospital Henry Ford, nos Estados Unidos, que analisou sintomas e distúrbios de 552 pacientes infectados com o novo coronavírus entre fevereiro e setembro de 2020, por exemplo, indicou que 9 das 10 pessoas que apresentaram eflúvio telógeno (queda de cabelo) associado à Covid-19 eram mulheres.
Outro estudo, realizado por pesquisadores do Montefiore Medical Center, em Nova York (EUA), se debruçou na análise de 10 pacientes que desenvolveram queda de cabelo acentuada entre 3 e 7 meses depois da infecção pelo coronavírus Sars-Cov-2: nenhuma das pessoas avaliadas apresentavam histórico de eflúvio telógeno e todas eram mulheres.
A queda de cabelo, de acordo com pesquisadores de universidades da Suécia, do México e dos Estados Unidos, que analisaram uma série de estudos sobre o tema (com 48 mil pacientes ao todo), está entre os cinco sintomas mais comuns da chamada "covid prolongada", termo cunhado para definir as sequelas que podem acometer por longos meses pessoas que se curaram da doença - 25% dos sobreviventes à enfermidade podem apresentar o distúrbio. Há, atualmente, pelo menos sete estudos acadêmicos que abordam a ligação entre a queda de cabelo acentuada e Covid-19, embora as causas, a duração e os tratamentos ainda não estejam claros.
A hipótese mais aceita até o momento sobre esta relação é que a infecção pelo coronavírus Sars-Cov-2 gera um distúrbio chamado eflúvio telógeno, no qual os fios que estão crescendo passam, precocemente, para a fase da queda - além disso, o estresse psicológico pelo qual a pessoa com Covid-19 passa pode potencializar esta situação. A queda de cabelo, ademais, é verificada também em pessoas que contraíram doenças infecciosas mais graves, como dengue, chikungunya, zika.
"A alta carga de estresse que uma pandemia naturalmente gera é sentido de forma latente pelas mulheres, impactando a saúde capilar delas", afirma Diego Souza, CEO da SC Beauty, empresa distribuidora de cosméticos que comercializa suplementos alimentares indicados à manutenção da saúde capilar. Ele explica que, além da questão hormonal e do estresse, a má alimentação também pode impactar na queda de cabelo feminina.
Estresse e má alimentação: fatores impactantes na queda de cabelo
"Muitas das causas da perda de cabelo ou até mesmo seu afinamento podem ser atribuídas a uma dieta pobre em nutrientes essenciais para a formação dos fios. A rotina agitada e o estresse causado por situações como a pandemia de Covid-19 podem acabar prejudicando os hábitos de alimentação das mulheres, afetando a saúde capilar", diz o diretor, que elenca biotina, vitamina B1, vitamina B2, vitamina B3, vitamina B5, vitamina B6, vitamina B12, ácido fólico, vitamina C e zinco como alguns destes nutrientes necessários para o fortalecimento dos fios de cabelo.
O empresário explica que, quando a pessoa adoece, se alimenta mal ou está com a imunidade baixa, isso faz com que o corpo humano envie as vitaminas e minerais para os órgãos vitais, fazendo com que os fios de cabelos e as unhas tenham uma diminuição na entrega destes elementos, "prejudicando seu desenvolvimento ou até mesmo favorecendo a perda deles". Por isso, há a necessidade de que o indivíduo tenha, sempre, uma boa alimentação, podendo fazer uso, na impossibilidade disso, de suplementação alimentar.
"A alopecia padrão feminino existe e pode ser combatida melhorando o aspecto dos fios e, muitas vezes, evitando o avanço acelerado desta condição", afirma o profissional. "Manter hábitos saudáveis, uma boa alimentação e garantir as vitaminas essenciais no seu dia a dia ajudam muito. Também é recomendado uma visita a um terapeuta capilar ao notar uma queda ou afinamento acentuado nos fios para identificar se há algum problema", conclui.
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