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Coronavírus

CPI investiga uso de servidores para atrapalhar imprensa

"Guardiões do Crivella" e outros funcionários faziam parte de grupos que atuavam para impedir o trabalho de jornalistas em hospitais no Rio

4 set 2020 - 14h04
(atualizado às 14h26)
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A Câmara Municipal do Rio de Janeiro criou nesta sexta-feira, 4, uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as denúncias de que servidores públicos foram destinados a hospitais da cidade para atrapalhar o trabalho da imprensa e intimidar pacientes.

Prefeito Marcelo Crivella gesticula durante entrevista coletiva em junho
17/06/2020
REUTERS/Ricardo Moraes
Prefeito Marcelo Crivella gesticula durante entrevista coletiva em junho 17/06/2020 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

A autorização para a abertura da CPI foi dada pela presidência da Câmara e já foi publicada.

"Os esforços agora estão concentrados na CPI, mas eu fiz um outro pedido de impeachment e ainda apresentei uma representação no TCM (Tribunal de Contas do Município) para que os salários dos servidores sejam devolvidos, porque são impostos dos contribuintes usados para pagar jagunços", disse à Reuters, o vereador Átila Nunes (DEM).

A CPI deve ser instalada na próxima semana e os trabalhos podem durar 120 dias.

Na quinta-feira, a Câmara rejeitou a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos)em uma votação apertada, com 25 votos contra a abertura e 23 a favor.

A polícia e o Ministério Público do Rio estão investigando eventuais crimes cometidos pelo prefeito, que é candidato à reeleição.

Crivella, por sua vez, criticou nesta sexta a CPI e a tentativa de impeachment.

"São tentativas fantasiosas e estapafúrdias que não justificam uma CPI e muito menos um processo de impeachment", disse o prefeito a jornalistas.

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