Depressão é um dos fatores de risco para Covid longa, diz estudo
Casos de sofrimento psicológico, como depressão e ansiedade, aumentam o risco para síndrome da Covid longa em até 50%
Depressão, ansiedade, estresse e solidão são fatores de risco maiores que a obesidade para a síndrome da Covid longa, persistência dos sintomas da Covid-19 por ao menos três meses após a infecção. A conclusão é de um estudo realizado pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicado na revista científica JAMA Psychiatry.
O estudo analisou dados de três pesquisas conduzidas entre abril de 2020 e novembro de 2021, com mais de 54 mil pessoas. E, assim, pôde relacionar os relatos de sofrimento psicológico anteriores à infecção da Covid-19 à prevalência dos casos da síndrome da Covid longa.
Dessa forma, os pesquisadores descobriram que, entre os indivíduos com depressão, a incidência dos sintomas duradouros foi 32% maior. Entre os com ansiedade, o aumento foi de 42%. Os que relataram estresse tiveram risco 46% maior para Covid longa; e os que informaram quadros de solidão, 32%.
Ainda segundo os resultados do estudo, voluntários com dois ou mais tipos de sofrimento psicológico possuem 49% de chance de desenvolver sintomas prolongados da Covid-19 mesmo após a contaminação.
Lembrando que setembro é o mês de combate e prevenção ao suicídio, campanha conhecida como "Setembro Amarelo". Por isso, se você ou alguém do seu círculo social está passando por problemas emocionais e psicológicos, não hesite em buscar ajuda profissional, viu?
Além de atendimento gratuito pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, você também encontra apoio no Centro de Valorização da Vida (CVV). A organização conta com voluntários que estão prontos para te ajudar através do telefone 188 ou pelo site do CVV.