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Coronavírus

Doria comemora isolamento de 59% em SP

Governador decidiu não endurecer as medidas de restrição à circulação de pessoas

13 abr 2020 - 13h40
(atualizado às 14h09)
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Depois de ameaçar endurecer medidas de restrição à circulação de pessoas no Estado de São Paulo caso o isolamento social não superasse os 60%, o governador João Doria (PSDB) comemorou nesta segunda-feira a adesão de 59% atingida no domingo, e disse que não tem intenção de restringir os direitos dos cidadãos.

João Doria durante entrevista no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo
João Doria durante entrevista no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo
Foto: Paulo Guereta/Agência O Dia / Estadão

"O esforço que fizemos no final da última semana do governo do Estado de São Paulo e das prefeituras que compõem os 645 municípios do Estado de São Paulo deu certo. Subimos de 47% para 59% o isolamento social", disse o governador.

"Quero agradecer mais uma vez o gesto dos brasileiros de São Paulo que atenderam àquela convocação que fizemos na quinta-feira da semana passada para que nós pudéssemos melhorar esse índice, não tendo que tomar atitudes mais duras, como não temos que adotar porque a resposta foi positiva. Esse foi o nosso compromisso e estamos cumprindo", completou

Doria havia alertado que poderia adotar medidas mais rigorosas de restrição à circulação --incluindo a prisão de pessoas que desrespeitassem o distanciamento social-- caso o nível de adesão ao isolamento social no Estado não chegasse ao patamar de 60%, o que não aconteceu, de acordo dados do sistema de monitoramento do governo paulista feito por meio dos dados das operadoras de telefonia móvel anunciados por Doria.

Segundo o governo estadual, o índice de adesão ao isolamento necessário para dar tempo para o sistema de saúde se preparar para a pandemia é de 70%.

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), André Mendonça, já havia avisado que o órgão irá ao Judiciário contra governadores que adotarem "medidas restritivas de direitos fundamentais dos cidadãos".

Na entrevista coletiva desta segunda, Doria não quis comentar a nota divulgada pela AGU, argumentando que não foram tomadas medidas e que o texto tratava de expectativas.

"Sobre a AGU, eu prefiro não comentar, porque não houve nenhuma medida. O fato de haver expectativa, expectativas eu não comento. Comento sobre fatos reais, efetivos", declarou Doria.

Doria tem entrado em atrito constante com o presidente Jair Bolsonaro por causa das medidas de restrição à circulação para conter o avanço do coronavírus, que tem 8.755 casos confirmados no Estado, com 588 mortes. No Brasil, o número de casos confirmados é de 22.169, com 1.223 mortes.

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