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Coronavírus

Doria compra 4 mi de doses prontas da CoronaVac para SP

Governador garantiu que essa compra não interfere no contrato do Instituto Butantan com o Ministério da Saúde

7 jul 2021 - 13h23
(atualizado em 8/7/2021 às 10h03)
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O governo de São Paulo fechou a compra de 4 milhões de doses prontas da vacina contra covid-19 CoronaVac junto ao laboratório chinês Sinovac e esses imunizantes serão usados exclusivamente no Estado, disse nesta quarta-feira o governador João Doria (PSDB).

Doria afirmou que a primeira leva deste montante, de 2,7 milhões de doses chegam a São Paulo ainda nesta quarta e o restante tem chegada previsto para até 26 de julho. Ele garantiu que essa compra não interfere no contrato do Instituto Butantan para venda de 100 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde, que o governador disse que será concluído até o fim de agosto.

"Com isso vamos antecipar o calendário de vacinação no Estado de São Paulo sem interferir no contrato do Instituto Butantan com o Brasil, uma vez que as vacinas compradas diretamente pelo Estado de São Paulo já vem prontas para aplicação", disse Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

O governador João Doria durante entrega de vacina contra a covid-19 no Instituto Butantan
O governador João Doria durante entrega de vacina contra a covid-19 no Instituto Butantan
Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo / Estadão Conteúdo

Também presente na coletiva, o presidente do Butantan, Dimas Covas, disse que a partir do dia 14 deste mês, mais 10 milhões de doses da CoronaVac serão entregues ao ministério, chegando a 63 milhões de doses da vacina entregues à pasta.

No dia 13, disse ele, o Butantan receberá 12 mil litros do insumo farmacêutico ativo (IFA) da vacina, suficientes para 20 milhões de doses, e, ainda em julho, um novo carregamento também de 12 mil litros de IFA.

"Com esse quantitativo vamos até ultrapassar os 100 milhões de doses previstos. Vamos ter uma sobra de vacinas que poderão ser encaminhadas ao Estado de São Paulo e a outros Estados que tenham interesse", disse Covas.

O presidente do Butantan disse que o instituto tem ainda mais 60 milhões de doses contratadas com a Sinovac para envase no instituto, sendo 30 milhões para o Estado de São Paulo e 30 milhões para serem comercializadas com países vizinhos.

Comércio pode funcionar até as 23 horas

Em coletiva nesta tarde, Doria também anunciou a ampliação em duas horas do horário de funcionamento do comércio a partir de sexta-feira, 9. Os estabelecimentos comerciais poderão funcionar até as 23 horas - até agora, o limite era até as 21 horas. Já a capacidade máxima dos estabelecimentos será estendida de 40% para 60%.

As normas valem para estabelecimentos comerciais em geral, incluindo shoppings e galerias. Nesses espaços, o acesso de clientes pode ser feito até as 22 horas, com encerramento das atividades às 23 horas. O pedido de alimentos em restaurantes também deve se encerrar às 22 horas. A flexibilização nas regras para o comércio vigora até o dia 31 de julho.

Houve mudanças ainda na regra para o funcionamento das escolas no Estado. Nesta quarta-feira, o governo de São Paulo publicou um decreto que retira o limite máximo de alunos nas escolas da educação básica. Até agora, valia a regra de até 35% dos estudantes nos colégios. A volta do ensino superior presencial também foi liberada.

As faculdades deverão seguir os limites máximos relativos ao comércio, ou seja, poderão receber alunos com limitação de 60% da capacidade. Já as aulas práticas no ensino superior poderão funcionar sem restrição de alunos. As regras para o ensino superior, segundo o secretário da Educação, Rossieli Soares, valem a partir do dia 2 de agosto.

De acordo com a Secretaria da Saúde, o total de novos casos, internações e mortes provocadas pelo coronavírus está em queda em São Paulo nas últimas semanas. Em uma semana, houve redução de 20,6% no número de casos, de 11,4% nas internações e de 10,6% nos óbitos.

Governo de SP vai fazer eventos-teste

O governo informou ainda que vai realizar 30 eventos-teste a partir do dia 17 de julho. Os protocolos para a realização de eventos com público incluem vacinação, testagem e uso de máscaras. Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Patrícia Ellen, haverá monitoramento para acompanhar o impacto em relação ao contágio.

O primeiro evento-teste será a Expo Retomada em Santos. Em novembro, haverá o GP São Paulo de Fórmula 1 e, em agosto, uma corrida simbólica. Também estão previstos eventos noturnos, com música ao vivo.

Estadão
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