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Coronavírus

Em manifesto, Senado pede para pessoas ficarem em casa

Documento obtido pelo 'Estado' faz um contraponto ao presidente Jair Bolsonaro, que contrariou as recomendações do Ministério da Saúde

30 mar 2020 - 15h56
(atualizado às 16h01)
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O Senado preparou um manifesto para defender o isolamento social no combate à pandemia do novo coronavírus. Na contramão do que tem defendido o presidente Jair Bolsonaro, a recomendação à população feita pelos senadores é clara: ficar em casa.

Plenário do Senado
22/10/2019
REUTERS/Adriano Machado
Plenário do Senado 22/10/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O documento obtido pelo Estadão/Broadcast é um contraponto a Bolsonaro, que criticou a quarentena e saiu às ruas contrariando as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS). "O Senado Federal se manifesta de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde e apoia o isolamento social no Brasil, ao mesmo tempo em que pede ao povo que cumpra as medidas ficando em casa", diz o manifesto.

O posicionamento foi apresentado pelo próprio líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e deve ser lido na sessão remota marcada para as 16 horas, de acordo com o vice-presidente da Casa, Antonio Anastasia (PSD-MG). "Quanto ao seu conteúdo houve aqui a ciência de todos (os líderes). O manifesto é a favor do isolamento", afirmou Anastasia em coletiva de imprensa.

O texto reforça o isolamento social como a medida mais eficaz no combate à covid-19 e cita exemplos de outros países onde a estratégia foi eficaz. "Somente o isolamento social, mantidas as atividades essenciais, poderá promover o 'achatamento da curva' de contágio, possibilitando que a estrutura de saúde possa atender ao maior número possível de enfermos, salvando assim milhões de vida, conforme apontam os estudos sobre o tema."

Ao criticar o isolamento horizontal - para todas as pessoas -, Bolsonaro tem reforçado o discurso de que o impacto para a economia pode ser devastador e causar perdas até maiores do que a própria doença. O manifesto do Senado, por outro lado, reforma que o Estado deve apoiar as pessoas vulneráveis, os empreendedores e segmentos sociais atingidos economicamente pelos efeitos do isolamento.

Estadão
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