Em posse, Pazuello diz que Brasil está vencendo covid-19
O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, fez a afirmação ao tomar posse como efetivo após quatro meses de interinidade no cargo
O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira, ao tomar posse como efetivo após quatro meses de interinidade no cargo, que o Brasil está vencendo a guerra contra a Covid-19 e as atividades estão voltando ao normal, apesar de o Brasil ser o segundo país do mundo com mais mortos e ainda registrar um elevado número de óbitos por dia devido à pandemia.
Pazuello afirmou que medidas adotadas pelo governo à frente da pasta conseguiram uma "estabilidade bem definida", com as Regiões Norte e Nordeste com queda confirmada e os Estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentando tendência de redução.
Apesar de os dado apontarem uma redução nas últimas semanas, o número de mortes semanais pela Covid-19 no Brasil ainda está entre os maiores do mundo, com média de 715 óbitos por dia na última semana epidemiológica.
No total, o Brasil soma mais de 133 mil óbitos pela doença provocada pelo novo coronavírus, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Na cerimônia de posse, o ministro acrescentou que as preocupações de que o Sistema Único de Saúde (SUS) entraria em colapso não se concretizaram, e que isso não irá acontecer.
Pazuello assumiu o cargo interinamente em 15 de maio após o então titular, Nelson Teich, pedir demissão com menos de um mês no cargo por não concordar com a ampliação do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19.
Os medicamentos tem no presidente Jair Bolsonaro um dos seus principais defensores. Ele próprio, que contraiu Covid-19 em julho, usou a hidroxicloroquina.
Antes de Teich, ocupava o ministério Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido por Bolsonaro em meados de abril, após uma série de desentendimentos sobre a condução da crise do coronavírus, como uso da cloroquina e medidas de distanciamento social.
Quando Pazuello assumiu o cargo interinamente, o Brasil tinha um total de 218.223 casos e 14.817 mortes de Covid-19. Na ocasião, o país era o sexto país do mundo em número absoluto de casos, atrás de Estados Unidos, Rússia, Espanha, Reino Unido e Itália.