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Coronavírus

Equipe se prepara para deixar Saúde junto com Mandetta

Ministro e seus auxiliares acreditam que Bolsonaro deve demitir Mandetta nas "próximas horas ou dias"

15 abr 2020 - 10h38
(atualizado às 10h55)
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A equipe do ministro Luiz Henrique Mandetta no Ministério da Saúde já se prepara para deixar a pasta junto com ele e, dos sete secretários que formam hoje a cúpula do órgão, cinco devem sair assim que a demissão de Mandetta for formalizada, disseram à Reuters fontes que acompanham o processo.

Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é aplaudido por equipe da pasta ao chegar para entrevista coletiva em Brasília
06/04/2020 REUTERS/Adriano Machado
Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é aplaudido por equipe da pasta ao chegar para entrevista coletiva em Brasília 06/04/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

De acordo com uma das fontes, saem com o ministro o secretário-executivo, João Gabbardo, que toca o dia a dia operacional do ministério e a organização do esforço para combate ao coronavírus, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, responsável pelas ações de controle da epidemia, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde, Denizar Vianna, responsável por autorizar e organizar as pesquisas, protocolos e testes de medicamentos contra a Covid-19.

Também devem deixar os cargos o secretário de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzheim, e o secretário de Atenção Especializada em Saúde, Francisco de Assis Figueiredo.

Os dois auxiliares que ficam, das áreas de gestão do trabalho em saúde e de Saúde Indígena, não foram indicados por Mandetta e são ligados diretamente ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

Na manhã desta quarta, 15, depois da reunião na noite de terça entre o ministro e seus auxiliares, Wanderson de Oliveira enviou por e-mail uma carta a seus subordinados em que avisava que a saída de Mandetta estava programada para "as próximas horas ou dias" e era a hora de se preparar para sair junto, já que só estava no cargo pela indicação do ministro.

Na carta, publicada na coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal na Folha de S.Paulo e confirmada pela Reuters, Wanderson deixa claro que não há como dizer o momento exato da demissão do ministro e nem como ela será feita, se por um aviso formal e "respeitoso" ou uma demissão pelo Twitter. Bolsonaro já anunciou diversas indicações e trocas de ministro pelas redes sociais.

De qualquer forma, diz o secretário na carta, a gestão Mandetta teria acabado e é necessária a preparação para a mudança. Wanderson indicou ainda um substituto interino para tocar a secretaria na sua saída: o epidemiologista Gerson Pereira, atual diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.

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