Espanha vê desaceleração em número de mortos por coronavírus
País registrou 932 óbitos nas últimas 24 horas, o que elevou o total a 10.935
A Espanha relatou mais mortes causadas pelo novo coronavírus nesta sexta-feira, mas a quantidade de pessoas que sucumbiu de quinta para sexta foi menor do que a do dia anterior.
Ampliando o maior número de mortos da doença depois da vizinha europeia Itália, 932 pessoas morreram em 24 horas na Espanha, o que elevou o total a 10.935, informou o Ministério da Saúde. Foi a primeira vez em mais de uma semana que a cifra diminuiu em relação ao dia anterior. Na quinta-feira, 950 novas mortes foram computadas.
Mais casos novos também foram registrados, mas o índice de infecções recuou. Com 117.710 casos, a Espanha agora só tem menos infectados do que os Estados Unidos, que têm uma população sete vezes maior.
O primeiro-ministro, Pedro Sánchez, impôs um dos isolamentos mais rigorosos da Europa, só permitindo que empregados de setores essenciais saiam para trabalhar. Bares, restaurantes e lojas estão fechados.
Os espanhóis estão confinados desde 14 de março, e o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, disse na noite de quinta-feira que Sánchez decidirá nos próximos dias se prolongará o prazo.
A região ao redor da capital Madri teve mais infecções e mortes do que qualquer outra do país - mais de 4.400 pessoas já morreram, mostraram dados nesta sexta-feira.
Os hospitais mal estão dando conta, e mais pessoas estão morrendo nas casas de repouso da área, que abrigam cerca de 50 mil pessoas na faixa etária mais vulnerável.
Os necrotérios estão sobrecarregados, o que levou as autoridades regionais a montarem a terceira instalação improvisada em uma pista de patinação no gelo próxima da capital nesta sexta-feira, adaptando o espaço de 1.800 metros quadrados para receber corpos.
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