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Coronavírus

Espanha vê ritmo de mortes menor e afrouxa isolamento

Setores de construção e manufatura tiveram permissão para reabrir

13 abr 2020 - 08h52
(atualizado às 09h05)
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A Espanha, um dos países mais atingidos pela epidemia global do coronavírus, começou a afrouxar nesta segunda-feira as restrições duras do isolamento, que mantiveram as pessoas em casa durante mais de um mês e frearam a atividade econômica.

Passageiros mantêm distanciamento em metrô de Madri
13/04/2020
REUTERS/Susana Vera
Passageiros mantêm distanciamento em metrô de Madri 13/04/2020 REUTERS/Susana Vera
Foto: Reuters

O número cumulativo de mortes causadas pelo coronavírus chegou a 17.489 nesta segunda-feira, 517 acima das 16.972 de domingo, disse o Ministério da Saúde. Os casos confirmados totalizaram 169.496, ante os 166.019 do dia anterior. No entanto, se tratou do menor aumento diário proporcional de mortes e novas infecções.

Como há sinais de uma melhoria, ainda que titubeante, na situação, alguns negócios tiveram permissão de reabrir, como a construção e a manufatura. Mas a maior parte da população continua confinada nos lares, e lojas, bares e espaços públicos permanecerão fechados ao menos até 26 de abril.

Pessoas presentes em grandes polos de transporte receberam máscaras da polícia ao irem trabalhar na manhã desta segunda-feira. "A saúde dos trabalhadores precisa ser garantida. Se isto for minimamente afetado, a atividade não pode recomeçar", disse o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, à rádio Cadena Ser.

As restrições do isolamento ajudaram a desacelerar um índice de mortalidade crescente, que chegou ao pico no início de abril, mas testaram a determinação de pessoas retidas em casa. "Você finalmente se convence de que estamos em casa por uma boa causa", afirmou Benito Guerrero, consultor de comunicação de 28 anos ainda isolado em Madri.

Só alguns usuários do transporte interurbano entravam e saíam da estação de trem madrilenha de Atocha, normalmente movimentada, na manhã desta segunda-feira. O tráfego também era leve nas ruas, onde o que mais se via eram ônibus da rede pública.

Carlos Mogorrón Flores, engenheiro civil de 27 anos de Talarrubias, em Extremadura, planejava voltar ao trabalho na terça-feira, mas disse que isso ainda é arriscado.

"Teria preferido esperar mais 15 dias confinado em casa, ou ao menos mais uma semana, e depois voltar. Você sempre fica com medo de pegar (o vírus), e ainda mais sabendo que sua vida pode estar em perigo, ou dos seus parentes", argumentou.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse no domingo que a decisão de reativar alguns setores foi tomada depois de se consultar um comitê de especialistas. Qualquer relaxamento adicional dependerá dos avanços na luta contra o vírus, disse.

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