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Coronavírus

Estados registram casos da infecção dupla 'flurona'; entenda

Infecção simultânea por coronavírus e influenza foram registrados pelas secretarias de saúde da cidade de São Paulo e do Ceará. Estado do Rio também tem relatos da dupla infecção, mas secretaria diz que não realizou notificação

3 jan 2022 - 20h54
(atualizado em 4/1/2022 às 10h30)
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Aumento na procura por testes rápidos, principalmente em farmácia, coincide com surto de gripe provocado pelo vírus da influenza
Aumento na procura por testes rápidos, principalmente em farmácia, coincide com surto de gripe provocado pelo vírus da influenza
Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA / Estadão

As secretarias de saúde do município de São Paulo e do Ceará já registram casos de infecção simultânea por covid-19 e influenza, que recebeu o nome de 'flurona'. No Ceará, três casos foram notificados em dezembro na capital Fortaleza; na cidade de São Paulo, a secretaria informou que a infecção dupla é registrada desde o início da pandemia. O Rio de Janeiro também tem relato de caso semelhante, mas a secretaria estadual de saúde informou que não realiza esse tipo de notificação.

Os casos de flurona chamaram a atenção no último sábado, 1º, quando autoridades de Israel registraram a coinfecção pela primeira vez no país, em uma grávida. A mulher estava internada no Rabin Medical Center, na cidade de Petah Tikva, e recebeu alta em 30 de dezembro. Segundo o hospital, a jovem não havia sido vacinada contra nenhum dos dois vírus e foi diagnosticada com ambas as doenças assim que chegou à unidade.

Casos semelhantes já haviam sido detectados pelos Estados Unidos durante o primeiro ano da pandemia de covid-19. Apesar dos registros, autoridades afirmam que há poucos estudos que analisem as implicações clínicas ou imunológicas da infecção conjunta.

No Brasil, três casos de flurona foram notificados pelo Ceará em dezembro, mês que contou com o aumento da circulação do vírus da Influenza em todo o País. A secretaria estadual de Saúde informou que os infectados eram duas crianças de um ano de idade e um homem de 52 anos. As duas crianças estiveram internadas em unidades particulares, mas já receberam alta hospitalar. O homem não precisou de internação e está bem.

A pasta informou que os três foram infectados pela cepa H3N2 da Influenza, mas não se sabe qual cepa do coronavírus contaminou os três.

Em São Paulo, a secretaria municipal de Saúde disse que tem registros da coinfecção desde o início da pandemia, mas não informou o número de casos. Segundo a pasta, a quantificação não é possível devido à instabilidade no sistema federal de notificações, relatada pelos Estados desde o ataque hacker sofrido pelo Ministério da Saúde no dia 10 de dezembro.

No Rio de Janeiro, um adolescente de 16 anos testou positivo para as duas doenças. A família do jovem informa ter feito testes em dois laboratórios particulares diferentes.

O paciente começou a ter sintomas gripais na semana passada. Os pais decidiram levá-lo a um laboratório particular, onde ele foi submetido a testes rápidos para identificar os dois vírus. Ambos os resultados foram positivos. Desconfiados, os pais realizaram os mesmos exames em outro laboratório, que confirmou a coinfecção.

Entretanto, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio informou que não há nenhum caso confirmado de infecção simultânea por covid-19 e influenza até a noite desta segunda-feira, 3. "Em geral os casos são notificados pela doença com maior gravidade, no caso a covid-19", ressaltou. A secretaria disse ainda que vai acompanhar qualquer ocorrência que venha a ser notificada no estado.

A detecção de casos infecções simultâneas costumam aparecer quando o paciente é submetido a um teste no qual a amostra coletada é analisada para vários tipos de vírus ao mesmo tempo. Diversos países já identificaram casos semelhantes. No Brasil, esse tipo de teste é normalmente feito atualmente em laboratório privado. Por causa da pandemia, a rede pública prioriza a realização dos exames para identificar o coronavírus.

Estadão
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