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Coronavírus

Estudo indica que curva da pandemia na Itália aumenta rápido

Dados da Covid-19 foram analisados por matemático do CNR

28 fev 2021 - 10h20
(atualizado às 10h24)
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A epidemia de Covid-19 na Itália está em fase exponencial de aumento, provavelmente devido à circulação de novas variantes do coronavírus Sars-CoV-2, informou neste domingo (28) um estudo realizado pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNR).

Centro de vacinação para professores em Roma, capital da Itália
Centro de vacinação para professores em Roma, capital da Itália
Foto: ANSA / Ansa

Segundo dados do matemático Giovanni Sebastiani, do Instituto de Aplicações de Cálculo "Mauro Picone", do órgão italiano (CNR-Iac), o tempo de duplicação no número de casos tem sido de cerca de cinco dias, apesar de ser inferior ao registrado em outubro.

"A porcentagem de positivos em comparação com os testes moleculares descreve quantitativamente a circulação do vírus Sars-Cov-2, mas infelizmente em nosso país ele sofre um aumento exponencial nas últimas semanas, e a cada cinco dias duplica seu aumento. Com os dados na próxima semana nós poderemos ter uma estimativa mais precisa do tempo de duplicação", observa Sebastiani.

A situação, de acordo com o especialista, "é idêntica para a curva de internações em terapia intensiva, que quantifica a pressão que a circulação do vírus exerce sobre as unidades de saúde".

Sebastiani explica que, na mesma fase exponencial inicial da segundo onda, nas primeiras três semanas de outubro de 2020, o tempo de duplicação foi de cerca de sete dias.

O fato de o tempo de duplicação ser agora inferior ao de outubro é compatível com a maior difusão de algumas das variantes do vírus que circulam atualmente na Itália, como a brasileira e a britânica.

No que diz respeito aos óbitos, o matemático afirma que "da análise do percentual da variação semanal da incidência, espera-se uma desaceleração do crescimento da curva média na próxima semana".

Para Sebastiani, é preciso enfatizar que atualmente o país "tem um valor médio de cerca de 300 mortes por dia, como se tivesse um terremoto em L'Aquila ou Amatrice todos os dias" e, por isso, a população não deve se "acostumar com isso".

"Por isso é importante vacinar o máximo possível as categorias frágeis para reduzir diretamente a mortalidade. Também seria desejável que os menores de 65 anos fossem vacinados, sete dias por semana, 24 horas por dia, para reduzir a circulação do vírus, também contribuindo indiretamente para reduzir a mortalidade", finaliza.

De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, a Itália contabiliza 2.907.825 casos e 97.507 mortes por Covid-19. Os números diários, porém, têm aumentado gradualmente, e o governo endureceu novamente as medidas sanitárias em diversas regiões para evitar a propagação do vírus e de suas variantes.

Ansa - Brasil
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