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Coronavírus

EUA superam 900 mil mortes por covid-19

5 fev 2022 - 08h58
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Presidente Biden diz que país atingiu marco trágico, enquanto parte da população ainda resiste à vacina após campanhas de desinformação e disputas legais e políticas. Casos e hospitalizações se mantêm em alta.Os Estados Unidos superaram a marca de 900 mil mortes associadas à covid-19, segundo dados da Universidade Johns Hopkins (JHU) registrados neste sábado (05/02).

Foto: DW / Deutsche Welle

O número de óbitos já é maior do que a população de cidades como São Francisco, Indianápolis ou Charlotte.

As contagens diárias de novos casos vêm caindo, permanecendo abaixo de meio milhão desde meados de janeiro, quando foram registradas mais de 800 mil infecções em um só dia. O número de americanos hospitalizados por covid-19 diminuiu 15% desde janeiro, mas ainda se mantêm em um patamar bastante alto, com ao menos 124 mil pessoas internadas.

A contagem de novos casos atribuídos à variante ômicron do coronavírus está em queda, mas as mortes diárias em razão da doença atingiram média de 2,4 mil, segundo dados do governo. Os óbitos estão em alta em ao menos 35 dos 50 estados americanos.

O país havia superado a marca de 800 mil óbitos em meados de dezembro. Contudo, a maior incidência de casos da ômicron do fez com que os números da doença aumentassem rapidamente.

"As hospitalizações ainda estão em alta, o que gera maior pressão sobre as capacidades do sistema de saúde e da força de trabalho", afirma a diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), Rochelle Walensky. Ela explicou que a alta das mortes surge mais tarde do que o pico de novos casos, uma vez que os óbitos somente ocorrem semanas após as infecções.

Os Estados Unidos, com aproximadamente 330 milhões de habitantes, registram mais mortes do que qualquer outro país. Segundo a JHU, o país acumula 901.391 mortes e 76,3 milhões de infecções.

Os EUA atingiram as 900 mil mortes pouco mais de 13 meses após o início da vacinação no país. A campanha foi bastante prejudicada pela desinformação e por disputas legais e políticas, apesar das evidências científicas de que os imunizantes são seguros e eficazes ao evitarem os estágios mais avançados da doença e um número ainda maior de mortes.

Somente 64% da população americana está vacinada com duas doses, enquanto 42% das pessoas receberam a terceira.

Marco trágico

"Hoje, nossa nação atingiu outro marco trágico: 900 mil vidas americanas foram perdidas para a covid-19", afirmou o presidente americano, Joe Biden, em nota. "Cada alma perdida é insubstituível. Rezamos pelos entes queridos que eles deixaram e guardamos em nossos corações todas as famílias que enfrentam essa dor."

Biden pediu uma maior adesão dos americanos à vacinação. "Vacinas e doses de reforço se provaram incrivelmente eficientes, e oferecem o mais alto nível de proteção", afirmou

O professor Joshua M. Sharfstein, da Faculdade Johns Hopkins Bloomberg de Saúde Pública, criticou a postura de muitos americanos contrários à vacinação.

"Subestimamos nosso inimigo, e preparamos mal a nossa defesa", afirmou. "Aprendemos um alto grau de humildade, frente a um vírus respiratório letal e contagioso."

"Brigamos entre nós por causa das ferramentas que, na verdade, salvam vidas. A quantidade de política e desinformação em torno das vacinas, que são altamente eficazes e seguras, é assombrosa", destacou Sharfstein. "Esta é a consequência."

rc (dpa, AFP, Reuters)

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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