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Coronavírus

Farmacêutica Moderna diz que atuais vacinas provavelmente são menos eficazes contra Ômicron

A resistência ao imunizante pode levar a mais hospitalizações, além de prolongar a pandemia

30 nov 2021 - 03h44
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O chefe da farmacêutica Moderna disse que as vacinas covid-19 provavelmente não serão tão eficazes contra a variante Ômicron do coronavírus como foram anteriormente. A fala gerou novas preocupações nos mercados financeiros sobre a trajetória da pandemia.

"Não há mundo, eu acho, onde (a eficácia) é o mesmo nível que nós tivemos com a Delta", disse Stéphane Bancel, presidente-executivo da Moderna, ao Financial Times em uma entrevista.

"Acredito que vai ser uma queda material. Só não sei quanto, porque precisamos esperar pelos dados. Mas todos os cientistas com quem conversei estão tipo 'isso não vai para ser bom'", prosseguiu.

A resistência à vacina pode levar a mais doenças e hospitalizações e prolongar a pandemia, e seus comentários desencadearam a venda de ativos expostos ao crescimento, como petróleo, ações e o dólar australiano.

Bancel acrescentou que o alto número de mutações no pico de proteína que o vírus usa para infectar células humanas significa ser provável que a safra atual de vacinas precise ser modificada.

Ele havia dito anteriormente na CNBC que poderia levar meses para começar a enviar uma vacina que funcionasse contra o Ômicron. O medo da nova variante, apesar da falta de informação sobre sua gravidade, já gerou atrasos em alguns planos de reabertura econômica e a reimposição de algumas restrições de viagens e movimentos.

Apesar disso, tanto a Moderna quanto a Pfizer-BioNTech, as fabricantes das duas vacinas mais eficazes, estão se preparando para reformular seus produtos, caso seja necessário.

"Nós realmente precisamos ficar vigilantes com essa nova variante e nos preparar para ela", disse Jesse Bloom, biólogo evolucionário do Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle, EUA.

"Em mais algumas semanas, provavelmente teremos uma noção melhor de quanto essa variante está se espalhando e se será necessário avançar com uma vacina para ela", seguiu Bloom. / REUTERS e NYT

Estadão
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